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Líder Aviação espera alta de 5% em horas voadas em 2019

Companhia lida neste ano com incerteza gerada em clientes corporativos pelo cenário eleitoral indefinido e crescimento econômico abaixo do esperado

Líder: empresa é representante oficial do jato executivo japonês Hondajet (Yuya Shino/Reuters)

Líder: empresa é representante oficial do jato executivo japonês Hondajet (Yuya Shino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 16h46.

São Paulo - A maior companhia de táxi aéreo do Brasil, Líder Aviação, projeta um crescimento de 5 por cento no número de horas de aviação executiva em 2019, enquanto lida neste ano com incerteza gerada em clientes corporativos pelo cenário eleitoral indefinido e crescimento econômico abaixo do esperado.

A empresa, representante oficial do jato executivo japonês Hondajet, tem uma média de voo anual de 5 mil horas, afirmou Cynthia Oliveira, diretora de atendimento aeroportuário da Líder.

"Historicamente, o segundo semestre é um período de maior atividade. O pior (da retração econômica) já passou e o que enxergamos é retomada", disse Cynthia Oliveira. "Estamos vendo um aumento de solicitações de cotação para voos", afirmou, sem dar detalhes.

Segundo a diretora, entre os setores de clientes mais afetados pela crise no país foi o de óleo e gás, que ainda sentiu o impacto de redução de contratos de voo da Petrobras , gerada pela reestruturação da estatal. A petrolífera usa empresas de táxi aéreo para transportar funcionários em plataformas de petróleo no mar.

"Houve um 'downsizing' de aeronaves, com clientes que usavam aeronaves maiores pedindo modelos menores... Aí entramos com outros serviços, como retrofit (reformas) de aeronaves", disse a executiva, referindo-se a estratégia da empresa para contornar os efeitos da crise econômica sobre o mercado de aviação executiva no país.

A Líder participa na próxima semana da feira de aviação executiva Labace, na cidade de São Paulo, onde voltará a exibir o Hondajet, modelo que marca o primeiro avião de passageiros desenvolvido no Japão desde a 2ª Guerra Mundial e que disputa o mercado de jatos executivos com fabricantes estabelecidos como a Embraer .

Oliveira disse que a Líder "fez algumas vendas" do Hondajet, que tem preço de tabela de 5,250 milhões de dólares, no Brasil, no ano passado e o primeiro modelo com prefixo brasileiro chegou ao país no começo deste ano. Segundo ela, a Líder tem mais duas unidades do modelo para chegar neste ano, das quais uma será incorporada à própria frota da companhia.

Na Labace, a Líder, que tem frota de 40 helicópteros e 20 aviões, vai exibir uma nova versão do jato japonês, Elite, que possui alcance ampliado em cerca de 400 quilômetros.

 

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