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Lenda do skate, Tony Hawk leva vida como investidor e filantropo

Nas últimas três décadas, skatista fundou a Birdhouse Skateboards, a Fundação Tony Hawk e investiu em companhias como a DocuSign e a Nest

Tony Hawk, de 48 anos, também é bem-sucedido fora do skate, trabalhando como um empreendedor, filantropo e investidor (Reprodução/Sony/YouTube/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2017 às 11h32.

Última atualização em 8 de maio de 2017 às 11h40.

Nova York - Quando a maioria das pessoas escuta o nome Tony Hawk pensa no skatista completando um giro de 900 graus no X-Games ou na capa do icônico jogo de videogame Tony Hawk's Pro Skater, que vendeu milhões de cópias pelo mundo.

Mas Hawk, de 48 anos, também é bem-sucedido fora do skate, trabalhando como um empreendedor, filantropo e investidor .

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Nas últimas três décadas, ele fundou a Birdhouse Skateboards, a Fundação Tony Hawk e investiu em companhias de tecnologia como a DocuSign e a Nest.

Hawk conversou recentemente com a Reuters sobre lições financeiras que aprendeu ao longo dos anos, desde seus dias como um ambicioso adolescente campeão de skate até o pai de adolescentes que é hoje.

Pergunta: Você teve algum emprego antes de praticar skate profissionalmente?

Resposta: Meu único emprego de verdade foi como entregador de jornais por um tempo. Eu comecei no skate profissional quando tinha 14 anos. Não era lucrativo na época, mas para um menino de 14 anos, ganhar 150 dólares em uma competição era muita coisa. Eu basicamente guardei tudo que ganhei até fazer 16 anos, e eu tinha o suficiente para comprar uma moto. Para mim, isso era como ser um quase adulto.

P: Quando sua carreira decolou?

R: Tinham maiores patrocinadores envolvidos nas competições. O prêmio em dinheiro estava chegando aos milhares. Eu tinha 16 anos, e de repente estava ganhando seis dígitos por ano. E quando você tem 16 anos, parece que isso nunca vai acabar.

P: Como você lidou com tanto dinheiro quando adolescente?

R: Eu tive sorte de ter o meu pai para me dar uma dose de realidade. Ele disse: "Você realmente deveria guardar esse dinheiro para o futuro".

Eu não estava olhando para o futuro. Eu só estava pensando em como eu poderia comprar um carro legal, e como eu poderia levar todos os meus amigos para o Havaí, coisas assim. Ele me encorajou a investir, então eu pude comprar uma casa em Carlsbad, na Califórnia, quando eu estava no ensino médio.

Olhando para trás, eu fiquei muito grato por isso porque em 91 e 92 o mercado do skate teve um freio abrupto. Minha renda foi caindo pela metade todos os meses. Eu tinha uma rede de proteção nessa casa. Eu acabei me mudando de volta para esse lugar depois.

P: Por que você começou a Birdhouse Skateboards, sua companhia de equipamentos e vestuário, em 1992?

R: Eu senti que minha carreira como skatista profissional estava acabando. Eu até peguei uma segunda hipoteca naquela casa e juntei minhas economias com a de outro ex-statista profissional. Nós começamos uma marca baseada na ideia de que o skate daria a volta por cima. Foi uma grande aposta.

P: Como você investe seu dinheiro hoje?

R: No início, minha estratégia de investimento era bem padrão --só fundos mútuos e ações, coisas assim. Mas, depois eu comecei a explorar o investimento em startups.

Eu investi na Nest no começo (a fabricante de termostato ativado pela internet foi adquirida pelo Google por 3,2 bilhões em 2014). Eu investi na Blue Bottle Coffee e em uma cervejaria em San Diego chamada Black Plague. Também na DocuSign e em outras companhias de tecnologia. Eu gosto de startups porque eu gosto de estar na base das coisas, quando o meu apoio importa.

P: A Fundação Tony Hawk construiu mais de 550 pistas de skate em áreas de baixa renda nos Estados Unidos. Por que pistas de skate?

R: Eu vi o quão produtivo o skate tinha se tornado, mas a maioria das instalações era em áreas ricas. E os conselhos das cidades não estavam incluindo os skatistas locais no processo de design ou construção. Eu lembro de ter sido convidado para algumas inaugurações dessas pistas de skate. Eles tinham contratado os empreiteiros com o menor preço e o projeto não fazia sentido -- tinha um lance de escadas que terminava em uma parede. Eu pensei "posso preencher essa lacuna".

P: Que lições você quer passar para os seus filhos?

R: Você pode viver confortavelmente e ser feliz sem sempre aspirar por algo maior e melhor. Eu fiz isso por uma grande parte da minha vida, e percebi que é mais divertido abraçar o que você tem e aproveitar essas coisas, mesmo que não seja o mais caro ou o mais bonito.

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