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Leilão de bens da Varig arrecada R$ 28 milhões

Foram oferecidos 52 imóveis, sete veículos, equipamentos de escritório e de aviação, além de lotes de obras de arte, estimados, no total, em R$ 40 milhões

Avião da Varig ao lado de um da GOL na pista do aeroporto Antonio Carlos Jobim, conhecido como Galeão, no Rio de Janeiro (David Silverman/Getty Images)

Avião da Varig ao lado de um da GOL na pista do aeroporto Antonio Carlos Jobim, conhecido como Galeão, no Rio de Janeiro (David Silverman/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 17h33.

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio arrecadou R$ 28 milhões com o leilão de bens das empresas Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas. Foram oferecidos 52 imóveis, sete veículos, equipamentos de escritório e de aviação, além de lotes de obras de arte, estimados, no total, em R$ 40 milhões. De acordo com o TJ, a média de deságio no leilão foi de 50%.

Os principais ativos do leilão foram imóveis em Brasília, São Paulo e Fortaleza, além de obras de arte. Alguns itens leiloados com valores muito abaixo do estipulado pelos leiloeiros deverão ser aprovados pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de falência da empresa. Segundo o Tribunal de Justiça, os itens e ofertas também precisarão receber um parecer do Ministério Público antes de ter a venda confirmada.

Entre os itens estão dois imóveis na Rua da Consolação, em São Paulo, avaliados em mais de R$ 5,5 milhões. O lance vencedor foi de R$ 2,2 milhões. Outro lote contava com quatro imóveis onde funcionavam lojas da empresa na Av. São Luiz, no bairro da República, em São Paulo. Os imóveis foram avaliados em R$ 1,869 milhão, mas receberam lances de apenas R$ 750 mil.

O leilão foi determinado pela 1ª Vara Empresarial da Capital, onde tramita o processo de falência da empresa. O valor arrecadado será juntado a outros R$ 37 milhões arrecadados em outros leilões e já depositados na conta da Varig sob administração do juiz Luiz Roberto Ayoub. O montante será utilizado para o pagamento de dívidas e indenizações trabalhistas estimados, à época da falência, decretada em 2010, em R$ 7 bilhões.

Pelo modelo do leilão, os lotes que não despertaram interesse de compradores tiveram seus lances iniciais, estabelecidos a partir de análises técnicas, reduzidos entre 70% e 50%. Apesar da redução, alguns itens não foram arrematados, como um treinador de voo para jatos, estimado em R$ 80 mil, e equipamentos de escritório.

Segundo o Tribunal de Justiça, ainda estão previstos mais dois leilões de bens pertencentes à Varig, que deverão acontecer em 2014. A empresa pediu recuperação judicial em 2005. Foi a primeira empresa a se beneficiar da nova Lei de Falências, promulgada quatro meses antes do pedido de recuperação.

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