Avianca: o leilão de ativos da empresa foi aprovado na segunda, mas ainda não havia data para acontecer (Paulo Lopes/FuturaPress)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de junho de 2019 às 16h59.
Última atualização em 18 de junho de 2019 às 17h00.
São Paulo — O leilão de ativos da Avianca Brasil deve acontecer no dia 10 de julho, conforme determinado pelo juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Por dois votos a um, o colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo liberou, na manhã da segunda-feira (17), o leilão de ativos da empresa, mas ainda não havia data para acontecer.
O desembargador Ricardo Negrão, relator do caso, foi o único a se posicionar contra o leilão. Ele defendeu que a disputa continuasse suspensa até que se verificasse a legalidade do plano de recuperação da companhia aérea.
A Avianca planejava realizar o leilão enquanto estivesse operando. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no entanto, cancelou no dia 24 de maio os voos da empresa por questão de segurança.
O TJ suspendeu o leilão do começo de maio a pedido da credora Swissport, que questionou a legalidade do projeto da Avianca.
O plano de recuperação judicial da empresa prevê a criação e o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), contendo os horários de pousos e decolagens (chamados slots)da Avianca. Latam e Gol fecharam um acordo com Elliott e se comprometeram, cada uma, a ficar com uma dessas UPIs. O Elliot já recebeu US$ 35 milhões de cada empresa.
Para o advogado especializado em Direito Aeronáutico, Felipe Bonsenso,a possibilidade de realização do leilão oferece oportunidade para a Avianca eventualmente quitar parte substancial de suas dívidas. "Além disso, pode ser bastante interessante do ponto de vista de mercado, já que várias companhias aéreas manifestaram interesse na aquisição das UPIs de modo a permitir exploração dos slots nos principais aeroportos e aumento da oferta aos passageiros, inclusive por novas empresas."