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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A participação da Eletrobrás no leilão da usina hidrelétrica que será construída em Belo Monte, no Pará, representa um risco para a companhia, segundo analistas da corretora Ativa. O resultado possivelmente negativo para a Eletrobrás - e seus acionistas - diz respeito ao fato de ela ter participado de consórcios que fizeram propostas bastante agressivas nos últimos grandes leilões de energia, como as usinas do rio Madeira.
Segundo a corretora, o que vem sendo observado é uma tendência de empresas nas quais o Estado tem ação determinante de se submeterem a taxas de retorno mais baixas em seus investimentos. Nestas companhias, a tomada de decisão frequentemente deixa de ser baseada apenas na geração de valor ao acionista, mas acaba envolvendo outras questões estratégicas para o país.
O anúncio da participação da Eletrobrás nos consórcios que disputarão o leilão da usina foi feito na última terça-feira (22/09) pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. A Eletrobrás poderá ficar com até 49% das ações da usina. No mesmo dia, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou que o projeto da usina de Belo Monte, com 11 mil megawatts de capacidade, demandará investimentos de 16 bilhões de reais.
O leilão da concessão do aproveitamento hidroenergético de Belo Monte está previsto para acontecer entre o final de outubro e o início de novembro. As ações da Eletrobrás (ELET3) fecharam o pregão desta quinta-feira (24/09) em queda de 1,37%, a 27,39 reais. O Ibovespa encerrou as negociações em queda de 0,74%, aos 60.046 pontos.