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Apresentado por GREEN MINING

Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR): “Empresas são bem-vindas a esse grande clube do bem”

Consolidação do projeto Estação Preço de Fábrica, desenvolvido pela Green Mining, possibilita que companhias destinem 1% do IR para impacto social e ambiental

Estação Preço de Fábrica: iniciativa, com nove unidades distribuídas pelo país, inaugurou sua décima estação em Belém durante a COP30 (GREEN MINING/Divulgação)

Estação Preço de Fábrica: iniciativa, com nove unidades distribuídas pelo país, inaugurou sua décima estação em Belém durante a COP30 (GREEN MINING/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 15h13.

Última atualização em 23 de dezembro de 2025 às 15h13.

Com a recente regulamentação da Lei de Incentivo à Reciclagem (LIR), as empresas passaram a ter, pela primeira vez, um instrumento fiscal estruturado para transformar parte do imposto de renda devido em investimento direto na cadeia da reciclagem. Em um país onde a logística reversa ainda enfrenta entraves operacionais e sociais, o novo mecanismo abre espaço para modelos capazes de combinar escala, transparência e inclusão.

De forma bastante simples, a LIR permite que empresas invistam 1% do seu Imposto de Renda em projetos aprovados pelo Ministério do Meio Ambiente, como a Estação Preço de Fábrica. A iniciativa, desenvolvida pela startup brasileira Green Mining em parceria com a ONG Ecos da Natureza, propõe uma mudança estrutural na cadeia da reciclagem ao levar o valor pago pela indústria diretamente para a mão dos catadores.

Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining, conta que a iniciativa parte de uma distorção histórica do setor: enquanto materiais recicláveis têm alto valor na indústria, catadores autônomos recebem, em média, apenas uma pequena fração desse montante ao venderem para atravessadores.

“O modelo da Estação Preço de Fábrica busca eliminar a cadeia intermediária, em que o catador autônomo, que vende seu material para sucateiros locais, recebe apenas cerca de 20% a 25% do valor real desse material. O que fazemos é trabalhar justamente com esse valor real, entregando-o integralmente na mão do catador. Com isso, ele pode ganhar até cinco vezes mais do que ganhava”, explica o executivo.

Pagamento mais justo

O funcionamento da Estação Preço de Fábrica é simples, mas altamente estruturado. Os catadores entregam os materiais já separados por tipo, acompanham a pesagem e recebem o pagamento via Pix, toda sexta-feira, com rastreabilidade total. Oliveira destaca que todo o processo é documentado, do recebimento à destinação final, garantindo transparência para empresas investidoras e visibilidade econômica para quem historicamente esteve à margem do sistema formal.

A iniciativa, com nove unidades distribuídas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Tocantins, inaugurou sua décima estação em Belém durante a COP30. Este foi o primeiro projeto do Brasil a ser implantado com apoio da Lei de Incentivo à Reciclagem e obteve resultado surpreendente no primeiro mês, ao receber mais de 50 toneladas de materiais recicláveis de cerca de 380 pessoas.

Os resultados acumulados reforçam a escala do projeto. Até o fim de novembro de 2025, as Estações Preço de Fábrica receberam 6,6 mil toneladas de materiais, que foram corretamente encaminhados para a reciclagem. Ao todo, R$ 6,4 milhões foram pagos diretamente a mais de 6 mil pessoas.

Expansão de um ESG completo

A Green Mining aposta na Lei de Incentivo à Reciclagem como uma das principais vitrines da Estação Preço de Fábrica, ajudando na expansão do projeto. Além de Belém, a startup já conta com projetos aprovados para captação de recursos em diferentes regiões do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Seguro, Curitiba e Benjamin Constant, no Amazonas.

Para as grandes empresas que aderem à iniciativa, além de cumprir compromissos de suas agendas de sustentabilidade, o projeto da Green Mining contempla o ecossistema ESG como um todo, englobando pautas ambientais, sociais e de governança. Além do impacto ambiental da reciclagem, o pagamento mais justo tem efeitos sociais, com muitos catadores conseguindo alcançar uma renda mensal acima do salário mínimo e previsibilidade financeira.

Companhias como Grupo Boticário, Electrolux e Unilever estão entre as marcas que investem no projeto via Lei de Incentivo para fortalecer suas estratégias de sustentabilidade e impacto social. Para essas companhias, o projeto oferece métricas claras, rastreabilidade e alinhamento com as diretrizes ESG.

“Empresas de qualquer setor que se enquadrem no lucro real podem participar, mesmo empresas menores ou que tenham poucos recursos. Todas são bem-vindas a esse ‘grande clube do bem’, que ajuda a ampliar impacto real na vida de catadores e catadoras”, reforça o CEO da Green Mining.

A data final para as empresas utilizarem o recurso de 2025 e investirem nos projetos da Lei de Incentivo à Reciclagem é 31 de dezembro.

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