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Lehman Brothers e seu braço europeu chegam a acordo

Acordo entre as instituições resolve queixas judiciais que somam US$ 38 bilhões

Lehman: o acordo ainda depende da aprovação do juiz de falências norte-americano James M. Peck e da Alta Corte Inglesa (Oli Scarff/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 11h40.

O banco norte-americano Lehman Brothers informou nesta sexta-feira que chegou a um acordo com seu braço europeu, o Lehman Brothers International (Europe), para resolver queixas judiciais que somam US$ 38 bilhões. O acordo ainda depende da aprovação do juiz de falências norte-americano James M. Peck e da Alta Corte Inglesa. Se o acordo for aprovado, ativos poderão ser distribuídos para clientes e credores do Lehman.

"Esse é um marco essencial para os clientes, porque, se aprovado pelo tribunal, o acordo abre espaço para distribuições que vão fornecer uma recuperação de 100% das propriedades dos clientes", afirmou James. W. Giddens, o curador que cuida da liquidação do Lehman. Segundo Giddens, o acordo resolve dezenas de bilhões de dólares em queixas e será uma solução bem mais rápida do que se ambas as partes ficassem brigando na Justiça.

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"Nós agora vamos trabalhar para obter aprovação do tribunal para poder distribuir os ativos aos clientes, que se somarão aos US$ 90 bilhões já devolvidos", explicou. Sob os termos do acordo, uma queixa de US$ 15,1 bilhões do Lehman International contra o Lehman será abatida em cerca de US$ 7,5 bilhões, com um pagamento realizado por meio de títulos e dinheiro. Além disso, a queixa será reduzida em quase US$ 600 milhões em função de receitas obtidas após o processo ter sido aberto.

Já outra queixa de clientes imobiliários do braço europeu contra o banco norte-americano, de US$ 8,9 bilhões, será substituída por uma outra queixa de US$ 500 milhões. O Lehman também vai aceitar uma outra queixa de US$ 4 bilhões do Lehman International sobre propriedades gerais.

Além disso, uma queixa do banco norte-americano contra seu braço europeu, de US$ 13,8 bilhões, será eliminada. As partes concordaram em suspender audiências que estavam programadas até meados de dezembro deste ano, para poderem trabalhar na finalização do acordo. Se elas chegarem a um acordo final até 15 de dezembro, poderá ser marcada uma nova audiência em um Tribunal de Falências dos EUA no primeiro trimestre de 2013, para buscar a aprovação do pacto. As informações são da Dow Jones.

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