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Laep coloca ativos da Parmalat Brasil à venda

Fundo quer se desfazer das fábricas e permanecer apenas com a marca

Parmalat: empresa comprada pela Laep já não interessa ao fundo (Giuseppe Cacace/Getty Images)

Parmalat: empresa comprada pela Laep já não interessa ao fundo (Giuseppe Cacace/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2012 às 18h36.

São Paulo – Depois de cinco anos como controladora da Parmalat, a Laep Investimentos decidiu colocar os ativos da empresa à venda. A proposta foi aprovada em assembleia geral extraordinária de acionistas nesta segunda-feira. “A Laep considera que cumpriu todo seu processo de recuperação da Parmalat Brasil, que deixou de ser um ativo estratégico para a companhia”, afirmou o fundo a EXAME.com.

Quando foi comprada pela Laep, a Parmalat tinha dívidas de 1,5 bilhão de reais com mais de 10.500 credores, além de inúmeros processos cíveis, trabalhistas e tributários. Segundo o fundo, hoje as dívidas estão inferiores a 20 milhões de reais e há apenas um processo judicial com a Tetra Pak.

Além disso, a Laep afirma que já está no segmento de laticínios com a Lácteos do Brasil (LBR), por isso não faria sentido continuar com os ativos da Parmalat – o que provocaria uma concorrência interna.

A marca, no entanto, continua com a LBR. Como ativos, a Parmalat Brasil tem duas unidades fabris: uma em Santa Helena de Goiás (GO) e a outra em Ouro Preto do Oeste (RO), atualmente inativas. O valor das unidades não foi divulgado.

Mais capital - A dona da Parmalat anunciou nesta terça-feira um acordo com o fundo de investimentos americano Yorkville Advisors, no montante de até 50 milhões de dólares. O valor do aporte será destinado para o financiamento de novos investimentos, sobretudo aquisições de novos negócios ou ativos estratégicos, e eventual reforço de capital de giro.

Pelo acordo, o Yorkville terá de subscrever, em emissão privada de ações, o valor de até 10 milhões de dólares, por um preço de 97% do valor de bolsa verificado nos 10 pregões ou conforme alternativas previstas em contrato. O acordo tem duração de 24 meses e poderá ser renovado ou estendido.

No final de janeiro do ano passado, o fundo Global Yield Fund Limited, da Global Emerging Markets, fez um aporte de 120 milhões de reais para se tornar sócio da companhia. Na assembleia desta segunda, também foi aprovado o aumento da capital autorizado em 150 milhões de dólares de ações Classe A.

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