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Kroton mira expansão fora do Sul e Sudeste, diz diretor

A Kroton Educacional foca seus planos de expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, segundo diretor de relações com investidores da Kroton

Kroton: maior apetite da companhia na frente de aquisições é por empresas de médio e grande portes (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 17h49.

Rio de Janeiro - A Kroton Educacional foca seus planos de expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a aprovação de instalação de novas instituições de ensino privado presencial pelo governo federal combinada a uma estratégia de aquisições .

O maior apetite da companhia na frente de aquisições é por empresas de médio e grande portes, com pelo menos 5 mil alunos, mas a Kroton também considera ativos menores, junto a um crescimento orgânico acelerado, afirmou o diretor de relações com investidores da empresa, Carlos Lazar.

"Estamos sim com apetite para seguir em frente com aquisições... Vamos utilizar todas as indicações de retorno esperado para conseguirmos fazer uma aquisição benéfica para todos os alunos", afirmou.

O apetite é fomentado pela conclusão no final de fevereiro da venda da empresa de ensino a distância Uniasselvi por 1,105 bilhão de reais aos gestores de fundos Carlyle e Vinci Partners..

A Kroton tem 43 pedidos de credenciamento no Ministério da Educação (MEC) para instituições de ensino privado superior e no meio do ano vai inaugurar nova unidade em João Pessoa (PB). A expectativa é de que nos próximos 18 meses a companhia obtenha de 15 a 20 aprovações destes pedidos.

"Geograficamente (estas instituições) estão baseadas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Foi uma análise mercadológica que a gente fez e há espaço para crescimento nestas regiões", afirmou.

Na região Nordeste, a Kroton está presente no ensino presencial em Alagoas, Maranhão, Bahia e Amapá. No Centro-Oeste, a empresa já atua em todos os Estados nesta modalidade. A companhia ainda não tem unidades no Norte do país. A Kroton divulgou em dezembro passado que terá em operação no primeiro semestre deste ano 202 novos polos de ensino a distância (EAD) e sete novos cursos de enfermagem e engenharia nessa modalidade. Lazar disse que a empresa vai acrescentar novos pedidos de credenciamento no MEC, tanto para a educação presencial quanto EAD além dos 43 já encaminhados.

CAPTAÇÃO

Lazar disse que a captação de alunos pelo ensino presencial da Kroton será encerrada nesta semana, apesar do início das aulas em meados de março. A companhia não estendeu a realização de vestibulares em relação aos anos anteriores e o executivo comentou que o encerramento do processo de matrículas está dentro do prazo praticado pela Kroton.

Tanto Ser Educacional quanto Anima Educação divulgaram recuos de 15,3 e 24 por cento, respectivamente, na base de alunos presencial no primeiro semestre, na comparação com 2015. Esta modalidade é a única que tem acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A Anima preencheu 64,7 por cento das vagas oferecidas pelo governo federal para o financiamento, enquanto a Ser ficou com 50,4 por cento. Para Lazar, a média do mercado deve ficar em torno deste patamar de 50 por cento, mas ele evitou comentar detalhes sobre a situação na Kroton.

"Tem ainda muitos ajustes, muito pontos a serem abordados dentro do processo do Fies... Você tem uma série de pontos que precisam ser melhor adequados nos próximos ciclos", disse o executivo, acrescentando que ainda é muito cedo para afirmar se haverá mudanças relevantes no edital do Fies para o segundo semestre.

FINANCIAMENTO PRÓPRIO

Enquanto isso, a Kroton dá prosseguimento ao seu programa Parcelamento Estudantil Privado (PEP), criado para mitigar os efeitos das restrições de recursos ao Fies pelo governo federal.

Em 2016, a representatividade do PEP deve ser de 25 por cento da captação presencial na Kroton, ante cerca de 20 por cento no primeiro semestre de 2015 e menos de 10 por cento na segunda metade do ano passado.

Inicialmente, o PEP foi oferecido pela Kroton como um produto ponte, com duração de 12 meses, em que o aluno pagava 10 por cento da mensalidade e tinha financiamento dos outros 90 por cento.

Atualmente, a Kroton oferece duas modalidades, e o estudante pode escolher entre pagar 30 ou 50 por cento da mensalidade, com o restante financiado. A companhia continua trabalhando na criação de um financiamento de longo prazo em parceria com um banco e que deve ser lançado em tempo para o processo de captação de 2017, disse Lazar.

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Rio de Janeiro - A Kroton Educacional foca seus planos de expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a aprovação de instalação de novas instituições de ensino privado presencial pelo governo federal combinada a uma estratégia de aquisições .

O maior apetite da companhia na frente de aquisições é por empresas de médio e grande portes, com pelo menos 5 mil alunos, mas a Kroton também considera ativos menores, junto a um crescimento orgânico acelerado, afirmou o diretor de relações com investidores da empresa, Carlos Lazar.

"Estamos sim com apetite para seguir em frente com aquisições... Vamos utilizar todas as indicações de retorno esperado para conseguirmos fazer uma aquisição benéfica para todos os alunos", afirmou.

O apetite é fomentado pela conclusão no final de fevereiro da venda da empresa de ensino a distância Uniasselvi por 1,105 bilhão de reais aos gestores de fundos Carlyle e Vinci Partners..

A Kroton tem 43 pedidos de credenciamento no Ministério da Educação (MEC) para instituições de ensino privado superior e no meio do ano vai inaugurar nova unidade em João Pessoa (PB). A expectativa é de que nos próximos 18 meses a companhia obtenha de 15 a 20 aprovações destes pedidos.

"Geograficamente (estas instituições) estão baseadas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Foi uma análise mercadológica que a gente fez e há espaço para crescimento nestas regiões", afirmou.

Na região Nordeste, a Kroton está presente no ensino presencial em Alagoas, Maranhão, Bahia e Amapá. No Centro-Oeste, a empresa já atua em todos os Estados nesta modalidade. A companhia ainda não tem unidades no Norte do país. A Kroton divulgou em dezembro passado que terá em operação no primeiro semestre deste ano 202 novos polos de ensino a distância (EAD) e sete novos cursos de enfermagem e engenharia nessa modalidade. Lazar disse que a empresa vai acrescentar novos pedidos de credenciamento no MEC, tanto para a educação presencial quanto EAD além dos 43 já encaminhados.

CAPTAÇÃO

Lazar disse que a captação de alunos pelo ensino presencial da Kroton será encerrada nesta semana, apesar do início das aulas em meados de março. A companhia não estendeu a realização de vestibulares em relação aos anos anteriores e o executivo comentou que o encerramento do processo de matrículas está dentro do prazo praticado pela Kroton.

Tanto Ser Educacional quanto Anima Educação divulgaram recuos de 15,3 e 24 por cento, respectivamente, na base de alunos presencial no primeiro semestre, na comparação com 2015. Esta modalidade é a única que tem acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A Anima preencheu 64,7 por cento das vagas oferecidas pelo governo federal para o financiamento, enquanto a Ser ficou com 50,4 por cento. Para Lazar, a média do mercado deve ficar em torno deste patamar de 50 por cento, mas ele evitou comentar detalhes sobre a situação na Kroton.

"Tem ainda muitos ajustes, muito pontos a serem abordados dentro do processo do Fies... Você tem uma série de pontos que precisam ser melhor adequados nos próximos ciclos", disse o executivo, acrescentando que ainda é muito cedo para afirmar se haverá mudanças relevantes no edital do Fies para o segundo semestre.

FINANCIAMENTO PRÓPRIO

Enquanto isso, a Kroton dá prosseguimento ao seu programa Parcelamento Estudantil Privado (PEP), criado para mitigar os efeitos das restrições de recursos ao Fies pelo governo federal.

Em 2016, a representatividade do PEP deve ser de 25 por cento da captação presencial na Kroton, ante cerca de 20 por cento no primeiro semestre de 2015 e menos de 10 por cento na segunda metade do ano passado.

Inicialmente, o PEP foi oferecido pela Kroton como um produto ponte, com duração de 12 meses, em que o aluno pagava 10 por cento da mensalidade e tinha financiamento dos outros 90 por cento.

Atualmente, a Kroton oferece duas modalidades, e o estudante pode escolher entre pagar 30 ou 50 por cento da mensalidade, com o restante financiado. A companhia continua trabalhando na criação de um financiamento de longo prazo em parceria com um banco e que deve ser lançado em tempo para o processo de captação de 2017, disse Lazar.

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