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Klabin prevê novos aumentos nos preços de papeis

No primeiro trimestre de 2010, a Klabin registrou um volume de vendas de 433 mil toneladas, aumento de 22% ante o mesmo período do ano passado

A receita líquida da Klabin foi de 844 milhões de reais entre janeiro e março deste ano (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - Os preços dos papéis kraftliner e cartão no mercado deverão manter a trajetória de alta, assim como os de papelão ondulado, afirmou o diretor-geral da Klabin, maior fabricante do setor do Brasil.

No caso do kraftliner, os aumentos já ocorrem desde o segundo semestre do ano passado. Já para o segmento de cartões, a previsão é de novos aumentos tanto no mercado interno quanto no externo, disse Reinoldo Poernbacher nesta segunda-feira, em teleconferência com jornalistas.

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"Os cartões não têm a volatilidade como o kraftliner. Teremos aumentos, mas menores", afirmou o diretor. De acordo com ele, os aumentos anunciados em abril, de 12 por cento, serão aplicados ao longo dos meses de maio e junho.

No primeiro trimestre de 2010, a Klabin registrou um volume de vendas de 433 mil toneladas, aumento de 22 por cento ante o mesmo período do ano passado. No caso dos cartões, o volume vendido foi visto como um recorde pela própria companhia: 163 mil toneladas, crescimento de 32 por cento na comparação anual. Esse tipo de papel respondeu por 38 por cento das vendas totais da Klabin, contra 35 por cento nos três primeiros meses do ano passado.

O volume de vendas no mercado interno foi de 269 mil toneladas, 29 por cento superior ao primeiro trimestre de 2009 e 7 por cento inferior ao quarto trimestre. Já o volume exportado no totalizou 165 mil toneladas, 11 por cento e 12 por cento acima do mesmo período de 2009 e do quarto trimestre, respectivamente. "O aumento no mercado externo foi consequência do maior volume de vendas de cartões para líquidos e papeis kraftliner", disse a Klabin.

A receita líquida da Klabin foi de 844 milhões de reais entre janeiro e março deste ano, alta de 16,9 por cento na comparação anual e 4,8 por cento na trimestral. O resultado ficou pouco acima das expectativas dos analistas consultados pela Reuters.

A geração de caixa da companhia, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 242 milhões de reais, avanço de 34,4 por cento antes os 180 milhões dos primeiros três meses do ano passado. Em comparação ao quarto trimestre, a alta é de 10,5 por cento.

O resultado ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam, em média, que o número fosse de 226,4 milhões de reais. A margem Ebitda, afirma a companhia, foi de 29 por cento no primeiro trimestre, contra 25 por cento no mesmo período de 2009 e 27 por cento nos três últimos meses do ano passado.


O lucro líquido da Klabin foi de 30,7 milhões de reais, crescimento de 6,22 por cento em relação aos 28,9 milhões do mesmo período do ano passado. Desta forma, a companhia reverte o prejuízo de 185 milhões de reais registrados no quarto trimestre de 2009 por conta do efeito não recorrente da adesão ao Programa de Parcelamento Fiscal (Refis).

O resultado da Klabin ficou abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Reuters. A média das previsões dava conta de um lucro líquido de 37,6 milhões, valor 22,5 por cento superior ao divulgado pela companhia.

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Sérgio Alfano, a variação cambial foi a explicação para o lucro que, mesmo positivo, ficou abaixo do previsto.

Em 31 de março de 2010, o endividamento líquido da Klabin era de 2,425 bilhões de reais, redução de 1,33 bilhão em relação a março de 2009 e 144 milhões de reais comparado com dezembro.

A companhia está prevendo uma parada para manutenção em junho e a previsão é de que 30 mil toneladas de papel deixem de ser produzidas. Entretanto, o diretor-geral da Klabin garante que a companhia está se preparando para o evento, principalmente com a formação de estoques para garantir o fornecimento no período.

Às 16h06, as ações da Klabin recuavam 0,4 por cento, a 5,45 reais. O Ibovespa cedia 0,26 por cento, a 67.357 pontos.

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