Negócios

Justiça tentará vender fazenda de ex-dono da Vasp

Venda ocorrerá por meio de propostas diretas à Justiça, e não mais por leilão

O dinheiro da venda será destinado ao pagamento de dívidas da Vasp com ex-funcionários (Divulgação/Vasp)

O dinheiro da venda será destinado ao pagamento de dívidas da Vasp com ex-funcionários (Divulgação/Vasp)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 08h36.

São Paulo - A juíza do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2.ª Região, Elisa Maria Secco Andreoni, decidiu ontem que a venda da Fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo, ex-dono da falida Vasp, será feita por meio de propostas diretas à Justiça, e não mais por leilão. 

A decisão foi tomada após o frustrado leilão realizado na última quarta-feira. Na ocasião, o empresário Francisco Gerval Garcia Vivone, dono do desconhecido grupo agropecuário Conagro, arrematou o imóvel pelo valor mínimo de R$ 430 milhões, mas sustou o cheque dado como entrada dois dias depois.

Os envelopes com as propostas serão abertos no dia 9 de dezembro às 15 horas, ocasião em que os interessados deverão comparecer para ratificar eventuais ofertas ou cobrir propostas de outros interessados. A chamada Vara Vasp, criada pelo TRT da Barra Funda, na capital paulista, para cuidar do caso, já está aceitando ofertas, que poderão ser entregues até uma hora antes da abertura dos envelopes.

O dinheiro da venda será destinado ao pagamento de dívidas trabalhistas da Vasp com cerca de 8 mil ex-funcionários. No total, os débitos trabalhistas chegam a R$ 1,5 bilhão, segundo cálculos de Francisco Gonçalves Martins, advogado que representa o Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo.

A ação dos trabalhadores se arrasta desde 2005, ano em que os voos da Vasp foram suspensos e Canhedo entrou com pedido de recuperação judicial. Em 2008, a companhia aérea teve a falência decretada. Nesse novo formato, o valor mínimo de R$ 430 milhões determinado pela Justiça para o leilão passa a ser apenas referência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoDívidas empresariaisSetor de transporteVendas

Mais de Negócios

De hábito diário a objeto de desejo: como a Nespresso transformou o café em luxo com suas cápsulas?

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases