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Justiça japonesa prorroga prisão de Ghosn até 22 de abril

Tribunal alega que novas acusações contra o ex-executivo obrigou a extensão; período de prisão é considerado maior que o habitual para o país

Carlos Ghosn: ex-presidente da Nissan está preso desde o dia 4 de abril (Etienne Laurent/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de abril de 2019 às 06h04.

Última atualização em 12 de abril de 2019 às 06h59.

Tóquio — O tribunal de Tóquio, que instrui o caso do ex-presidente da Nissan Motor e Renault , o brasileiro Carlos Ghosn , decidiu nesta sexta-feira, 12, ampliar para até o próximo dia 22 deste mês, o prazo da sua prisão provisória - que venceria no próximo domingo -, por conta de novas acusações.

O tribunal competente aceitou o pedido da promotoria para estender o período de detenção de Ghosn, que foi detido pela quarta vez, no último dia 4, enquanto desfrutava de liberdade após pagamento de fiança, sob suspeitas que teria cometido um crime de abuso de confiança agravada contra o fabricante japonês.

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Através de um comunicado, o tribunal informou que decidiu estender seu prazo de detenção em oito dias, o que contrasta com o habitual período de dez dias aplicada nestes casos, segundo destacaram os veículos de imprensa japoneses.

Por sua parte, os advogados que defendem Carlos Ghosn apresentaram na última quarta-feira um recurso especial ao Supremo Tribunal do Japão contra a decisão da instância inferior de voltar a prender o empresário.

Ghosn foi preso pela primeira vez em 19 de novembro, em Tóquio, acusado de ter escondido das autoridades financeiras do Japão compensações milionárias supostamente acordadas com a Nissan.

Sobre ele pesam três acusações formais, duas relacionadas à ocultação de remuneração e uma terceira de abuso de confiança da Nissan por supostamente ter usado fundos da empresa para cobrir perdas financeiras pessoais e efetuar pagamentos, injustificados para a empresa de um empresário saudita.

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