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Justiça do Rio divide mediação da Oi com a Anatel em duas

Um processo será relativo a multas que já estão sendo cobradas em ações judiciais, e o outro, relativo a créditos que ainda estão sendo apurados

Oi: pedido de mediação partiu da Oi, que pretende incluir a maior parte da dívida com a Anatel no seu processo de recuperação judicial (.)

Oi: pedido de mediação partiu da Oi, que pretende incluir a maior parte da dívida com a Anatel no seu processo de recuperação judicial (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 19h41.

Última atualização em 24 de novembro de 2016 às 22h16.

Rio - Na primeira audiência para tentar conciliar a empresa de telefonia Oi, em processo de recuperação judicial, e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em torno do pagamento de penalidades cobradas pela reguladora, o juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, determinou que sejam instaurados dois processos de mediação.

Um processo será relativo a multas que já estão sendo cobradas em ações judiciais, e o outro, relativo a créditos que ainda estão sendo apurados em processos administrativos na Anatel. Nesse primeiro encontro, não foram discutidos os valores envolvidos.

O juiz indicou três mediadores para liderarem os dois processos, que devem ser concluídos no prazo de 90 dias - Marcus Vinícius Furtado Coelho, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Juliana Loss de Andrade, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro; e Marina Gaensly Blattner, advogada.

O pedido de mediação partiu da Oi, que pretende incluir a maior parte da dívida com a Anatel no seu processo de recuperação judicial.

A agência reguladora, no entanto, contesta com o argumento de que seus créditos só podem ser cobrados na Justiça Federal, por meio de execução fiscal.

Segundo a ata da audiência, os procuradores Renato Rabe e Igor Guimarães Pereira, representantes da Anatel, alegaram "conflito de competência" na mediação, já que a Justiça Estadual não teria o poder de decidir questões sobre créditos da autarquia.

Por isso, reivindicaram a presença de um representante do Ministério Público Federal.

Eles ainda deixaram registrado que "a participação da Anatel na referida audiência não implica a concordância com a determinação de sua inclusão na mediação, nem a desistência de recurso ou medida já ajuizada contra referida decisão ou mesmo contra outras decisões anteriores do Juízo da recuperação judicial".

Ou seja, a agência quer prosseguir na Justiça para receber os créditos da Oi, independentemente do resultado da mediação.Ainda assim, a mediação vai ser levada adiante.

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