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Justiça decreta falência de empresas do Grupo Schahin

De acordo com a decisão do juiz, vários pedidos de falência vêm sendo feitos desde setembro do ano passado por credores

Plataforma de petróleo da Schahin: a KPMG foi mantida como administrador judicial (Schain/Divulgação)

Plataforma de petróleo da Schahin: a KPMG foi mantida como administrador judicial (Schain/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2018 às 18h02.

São Paulo - As empresas do Grupo Schahin tiveram sua falência decretada pelo juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, diante do não cumprimento do plano de recuperação da empresa, homologado em março de 2016. As dívidas das recuperandas somam R$ 6,5 bilhões.

De acordo com a decisão do juiz, vários pedidos de falência vêm sendo feitos desde setembro do ano passado por credores que não receberam os valores devidos conforme o estabelecido no plano.

As empresas agora falidas são: Schahin Engenharia; Schahin Holding, Schahin Empreendimentos Imobiliarios; Schahin Desenvolvimento Imobiliário; Companhia Schahin de Ativos, Deep Black Drilling e MTS Participações.

A KPMG foi mantida como administrador judicial e deve agora dar andamento ao processo de venda dos ativos da massa falida. Os bens devem, de acordo com a decisão, serem avaliados no prazo de 90 dias.

O principal ativo do grupo era o navio Vitória 10000 e o fluxo de pagamento aos credores a partir de um contrato com a Petrobras, com vencimento previsto em 2020. O Vitória esteve entre as 23 sondas alvo de uma auditoria interna da Petrobras que investigou superfaturamento de contrato de construção e locação para pagamento de propina a políticos, na esteira da Operação Lava Jato. O contrato foi cessado e a Petrobras retomou o ativo em agosto do ano passado, segundo uma fonte a par do assunto.

Os bancos HSBC, Banco Tricury, BicBanco, ABC Brasil, Bradesco, Santander, Votorantim, Bonsucesso, Fibra, Pine e Rural estavam entre credores originalmente citados no processo de recuperação judicial. O grupo defendeu a falência das recuperandas desde a primeira assembleia de credores, considerando que o contrato junto à Petrobras não seria mantido. No entanto, o plano foi aprovado.

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