Negócios

Justiça de Minas bloqueia R$ 475 mi da Samarco, Vale e BHP

O dinheiro foi bloqueado para ressarcir danos à população e à cidade de Barra Longa, a 90 km de Mariana, um dos municípios atingidos pela lama da represa


	Vale, Samarco e BHP: o dinheiro foi bloqueado para ressarcir danos à população e à cidade de Barra Longa, a 90 km de Mariana, um dos municípios atingidos pela lama da represa
 (Ricardo Moraes/ Reuters)

Vale, Samarco e BHP: o dinheiro foi bloqueado para ressarcir danos à população e à cidade de Barra Longa, a 90 km de Mariana, um dos municípios atingidos pela lama da represa (Ricardo Moraes/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 11h12.

Belo Horizonte - A Justiça de Minas Gerais determinou mais um bloqueio de bens da Samarco e de suas duas controladoras, Vale e BHP Billiton, por causa do rompimento da barragem de Fundão em Mariana no dia 5 de novembro do ano passado.

A pedido do Ministério Público Estadual (MPE) em Ponte Nova, as três empresas tiveram bloqueados R$ 475 milhões para ressarcimento de danos à população e à cidade de Barra Longa, a 90 quilômetros de Mariana, um dos municípios atingidos pela lama da represa.

A decisão é do início de fevereiro. No entanto, até esta sexta-feira, 12, não há a confirmação de que os recursos tenham sido bloqueados.

A principal dúvida é em relação à decisão tomada pelo desembargador Afrânio Vilela, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), em 26 de janeiro, de que todas as ações de primeira instância relativas à Samarco, dona da barragem de Fundão, fossem transferidas para a Justiça Federal no Estado.

Além de ter devastado o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, a lama que desceu da represa matou 17 pessoas.

Duas estão desaparecidas. Antes do bloqueio dos R$ 475 milhões, a Justiça já havia determinado, também a pedido do Ministério Público Estadual, mas em Mariana, o bloqueio de R$ 300 milhões da Samarco em contas bancárias.

Parte dos recursos já foi utilizado para pagamento de indenizações. Outros R$ 500 milhões foram depositados pela empresa também para ressarcimento de danos dentro de acordo fechado com a promotoria.

No plano federal, a Samarco e suas controladoras foram acionadas na Justiça pela União e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde o Rio Doce, poluído pela lama, deságua. O processo pede o pagamento de R$ 20 bilhões pelas três empresas.

Um depósito inicial de R$ 2 bilhões deveria ter sido feito pelas companhias em 20 de janeiro. Porém, em acordo com a União e Estados, as empresas ganharam mais prazo, até 4 de fevereiro. Na data, porém as empresas entraram com representação pedindo mais prazo.

A Samarco e a Vale ainda não se posicionaram sobre o novo pedido de bloqueio de bens feito pelo Ministério Público em Ponte Nova. A BHP Billiton informou que não foi notificada da liminar em questão e, por isso, não poderia comentar a decisão.

A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Justiça Federal em Minas Gerais, que funciona somente a partir do meio-dia.

Acompanhe tudo sobre:BHP BillitonEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasJustiçaMinas GeraisMineraçãoSamarcoSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Empresas gastam fortunas para garantir segurança de CEOs; veja exemplos

Lojas Hermes Macedo: o que aconteceu com este império do varejo do século 20

Nada quebrado, faltando ou fora do lugar: a verdade implacável da gestão empresarial

De Bollywood para o mundo: esta startup da Índia faz qualquer dublagem parecer natural