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Justiça de MG bloqueia dinheiro da venda de Bernard

Atlético pode ficar sem R$ 40 milhões da venda do jogador por processos de execução fiscal movidos pela Fazenda Nacional

Bernard disputa bola com jogador do Olímpia: jogador foi vendido para o Shakhtar Donetsk por cerca de R$ 76,7 milhões (Andres Stapff/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 19h53.

Belo Horizonte - O Atlético-MG pode ficar sem a maior parte do dinheiro da venda do meia Bernard para o ucraniano Shakhtar Donetsk, maior negociação já feita pelo clube mineiro. A Justiça Federal em Minas determinou o bloqueio de mais R$ 40 milhões dos recursos que o Atlético receber pelo jogador. Bernard foi vendido por cerca de 25 milhões de euros, equivalentes a R$ 76,7 milhões, e o time mineiro receberia pouco mais de R$ 53,5 milhões pelos 70% dos direitos que tem sobre o atleta.

As decisões são do juiz federal André Prado de Vasconcelos e do juiz federal substituto Guilherme Bacelar Patrício de Assis, da 25ª Vara Federal, em três processos de execução fiscal movidos pela Fazenda Nacional contra o time mineiro. Os magistrados determinaram ao Banco Central que faça três bloqueios nos valores de R$ 24 milhões, R$ 11,9 milhões e R$ 4,5 milhões, todos em cima do dinheiro recebido pela venda dos direitos econômicos de Bernard, que aceitou a proposta do Shakhtar em viagem à Ucrânia nesta semana.

Em um dos processos, Guilherme de Assis observou que o clube ainda ofereceu um imóvel como pagamento da dívida. Mas a Receita recusou a proposta por ele já estar "penhorado em outras execuções fiscais, não se prestando tal bem a assegurar todas elas". Nos outros dois, a Fazenda Nacional afirma que o clube deixou de pagar o parcelamento que havia feito para quitar as dívidas.

Além das três ações que resultaram nos bloqueios dos recursos, o Atlético está envolvido em outros 36 processos de execução fiscal. Algumas delas têm como executado, além do time, o ex-presidente Paulo Cury.

Em nota divulgada no site do clube, a diretoria alvinegra informou que vai recorrer das decisões de primeira instância dadas em "processos fiscais antigos". A nota afirma ainda que é de "conhecimento público" que os encargos, que "são antigos no futebol brasileiro, continuam, infelizmente, dificultando a reorganização administrativa e gerencial dos clubes". "Aliás, esse problema fiscal e tributário é reconhecido pelo próprio Governo Federal, que tem estudos avançados para alterações substanciais no sistema atual", diz o texto. Paulo Cury não foi encontrado pela reportagem.

Bernard

Enquanto o Atlético se vê em meio aos problemas com o Fisco, Bernard tão cedo não terá que se preocupar com questões financeiras. Segundo a imprensa ucraniana, o meia vai receber mensalmente 382 mil euros, equivalentes a R$ 1,1 milhão. O Shakhtar também ofereceu ao jogador uma luxuosa mansão, carro com motorista e tradutor.

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Belo Horizonte - O Atlético-MG pode ficar sem a maior parte do dinheiro da venda do meia Bernard para o ucraniano Shakhtar Donetsk, maior negociação já feita pelo clube mineiro. A Justiça Federal em Minas determinou o bloqueio de mais R$ 40 milhões dos recursos que o Atlético receber pelo jogador. Bernard foi vendido por cerca de 25 milhões de euros, equivalentes a R$ 76,7 milhões, e o time mineiro receberia pouco mais de R$ 53,5 milhões pelos 70% dos direitos que tem sobre o atleta.

As decisões são do juiz federal André Prado de Vasconcelos e do juiz federal substituto Guilherme Bacelar Patrício de Assis, da 25ª Vara Federal, em três processos de execução fiscal movidos pela Fazenda Nacional contra o time mineiro. Os magistrados determinaram ao Banco Central que faça três bloqueios nos valores de R$ 24 milhões, R$ 11,9 milhões e R$ 4,5 milhões, todos em cima do dinheiro recebido pela venda dos direitos econômicos de Bernard, que aceitou a proposta do Shakhtar em viagem à Ucrânia nesta semana.

Em um dos processos, Guilherme de Assis observou que o clube ainda ofereceu um imóvel como pagamento da dívida. Mas a Receita recusou a proposta por ele já estar "penhorado em outras execuções fiscais, não se prestando tal bem a assegurar todas elas". Nos outros dois, a Fazenda Nacional afirma que o clube deixou de pagar o parcelamento que havia feito para quitar as dívidas.

Além das três ações que resultaram nos bloqueios dos recursos, o Atlético está envolvido em outros 36 processos de execução fiscal. Algumas delas têm como executado, além do time, o ex-presidente Paulo Cury.

Em nota divulgada no site do clube, a diretoria alvinegra informou que vai recorrer das decisões de primeira instância dadas em "processos fiscais antigos". A nota afirma ainda que é de "conhecimento público" que os encargos, que "são antigos no futebol brasileiro, continuam, infelizmente, dificultando a reorganização administrativa e gerencial dos clubes". "Aliás, esse problema fiscal e tributário é reconhecido pelo próprio Governo Federal, que tem estudos avançados para alterações substanciais no sistema atual", diz o texto. Paulo Cury não foi encontrado pela reportagem.

Bernard

Enquanto o Atlético se vê em meio aos problemas com o Fisco, Bernard tão cedo não terá que se preocupar com questões financeiras. Segundo a imprensa ucraniana, o meia vai receber mensalmente 382 mil euros, equivalentes a R$ 1,1 milhão. O Shakhtar também ofereceu ao jogador uma luxuosa mansão, carro com motorista e tradutor.

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