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Justiça concede recuperação judicial para Unicastelo

A recuperação vale para os três campi da Unicastelo, em Fernandópolis, Descalvado e São Paulo, que somam 48 cursos,

As dívidas são fruto de uma sucessão do passivo trabalhista herdado pelo CTCE da antiga mantenedora (Divulgação)

As dívidas são fruto de uma sucessão do passivo trabalhista herdado pelo CTCE da antiga mantenedora (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 16h50.

São Paulo - A Justiça de Fernandópolis, no interior de São Paulo, concedeu recuperação judicial ao Círculo dos Trabalhadores Cristãos Embaré (CTCE), mantenedora da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), que possui um campus no município e tem dívidas de R$ 20 milhões com bancos e passivo trabalhista. O pedido de recuperação, feito em 30 de novembro, foi concedido pelo juiz da 3ª Vara Cível de Fernandópolis, Reinaldo Moura Souza, na última semana de dezembro.

A recuperação vale para os três campi da Unicastelo, em Fernandópolis, Descalvado e São Paulo, que somam 48 cursos, frequentados por nove mil alunos de graduação nessas cidades. De acordo com o advogado Sérgio Emerenciano, a situação não vai atrapalhar as atividades nos campi da universidade, cujo processo seletivo para o ano letivo, previsto para 6 de fevereiro, está mantido. Segundo ele, a concessão do regime de recuperação pela Justiça ocorre para manter a universidade em funcionamento sem prejuízo das atividades dos alunos. "Nos últimos anos, a universidade vem aumentando o número de cursos e melhorando a qualidade de ensino, conforme atestam as avaliações do Ministério da Educação. O plano serve para manter o funcionamento das unidades de ensino com a mesma qualidade", disse.

Segundo o advogado, as dívidas são fruto de uma sucessão do passivo trabalhista herdado pelo CTCE da antiga mantenedora. "Quando assumiu a universidade, no final de 2007, o CTCE não ficou com os ativos, mas acabou herdando o passivo trabalhista, ficando responsável por funcionários e professores. Ocorre que no decorrer dos anos, esse passivo se transformou numa avalanche de penhoras que davam um furo de R$ 800 mil por mês nas contas da universidade", explicou. "O CTCE não poderia conviver com isso e por isso se decidiu pelo plano para alinhar os credores", completou Emerenciano. Agora, a mantenedora tem prazo de 60 para apresentar o plano de recuperação a contar a partir do dia 9 de janeiro, data em que termina o recesso forense.

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