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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Depois de mais de 10 dias, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial da Varig, homologou a proposta da NV Participações - consórcio formado pelos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) e investidores estrangeiros. O lance foi o único apresentado no leilão da empresa, realizado no dia 8. Segundo Ayoub, o TGV prestou os esclarecimentos necessários.
A oferta do grupo foi de 449 milhões de dólares (1,010 bilhão de reais) pelas operações domésticas e internacionais da companhia aérea. Esse total inclui o pagamento de 225 milhões de reais em créditos, 285 milhões de reais em dinheiro e 500 milhões em debêntures. De acordo com o juiz, o grupo tem prazo até a próxima sexta-feira (23/6) para depositar o sinal de 75 milhões de dólares previsto no edital de venda da Varig.
A oferta do TGV havia sido homologada com condições por Ayoub. A principal exigência era a comprovação da origem dos recursos. Na quinta-feira passada, o grupo entregou esclarecimentos pela segunda vez, mas esses não foram considerados suficientes pela comissão de juízes responsável por supervisionar a reestruturação da Varig. A decisão havia sido adiada para esta segunda-feira.
O sinal de 75 milhões de dólares é crucial para a Varig. Na próxima quarta-feira o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, vai exigir a garantia de que a companhia tem dinheiro para pagar as empresas das quais arrenda aviões. Se não tiver essa comprovação, Drain poderá derrubar uma liminar que vem protegendo a Varig contra a perda de pelo menos 25 aeronaves. Como destes, 23 são aviões de grande porte, essa perda tornaria inviável a operação internacional da companhia.