Joaquim Leite, na COP26, fala com exclusividade à EXAME (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
De Glasgow, na Escócia*
O ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, discursou hoje na COP26. Durante sua fala, o ministro relembrou os compromissos assumidos durante o evento - redução de emissões de 50% até 2030, neutralidade climática até 2050 e zerar o desmatamento ilegal até 2028 -, além do Programa Nacional de Crescimento Verde. O ministro também falou sobre os desafios que precisam ser superados para atingirmos esses objetivos.
Os desafios passam por fiscalização, autuação e geração de riqueza, de forma sustentável. Para conter o desmatamento ilegal, o Ministério do Meio Ambiente investiu em novos sistemas, contratou novos agentes ambientais e está atuando junto com os ministérios da Justiça e da Defesa. A fim de incentivar o desenvolvimento econômico sustentável na região amazônica e fomentar o mercado de serviços ambientais, o governo criou o Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais Floresta+.
O ministro também falou sobre a necessidade de regulamentação do Artigo 6º, a fim de criar um mercado global de carbono, e do financiamento de países desenvolvidos a países em desenvolvimento para financiar a transição energética. Nesse ponto, Joaquim Leite lembrou que o valor de 100 bilhões de dólares acordado no passado não é mais suficiente, e os países precisam pensar em mecanismos mais ambiciosos e de execução ágil.
O discurso do ministro Joaquim leite não trouxe novidades, mas confirma uma tentativa de mostrar uma nova postura do Brasil, removendo obstáculos para que o artigo 6 seja definido, além de se posicionar como líder do bloco dos países em desenvolvimento nas negociações.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países-membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a ser tomadas.
Para além disto, líderes empresariais, sociedade civil e mais, se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas.