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JHSF inaugura outlet de luxo em SP

Localizado no interior de São Paulo, o Catarina Fashion Outlet promete descontos de 30% a 80% em 100 marcas


	Projeto do Catarina Fashion Outlet: o shopping está em construção em uma área de 7 milhões de m²
 (Divulgação/JHSF)

Projeto do Catarina Fashion Outlet: o shopping está em construção em uma área de 7 milhões de m² (Divulgação/JHSF)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 09h01.

São Paulo - A JHSF, dona do shopping Cidade Jardim, vai abrir no sábado, 18, o seu primeiro outlet e o sexto empreendimento do gênero no Brasil. Localizado no município de São Roque, a 60 km da capital paulista, o Catarina Fashion Outlet promete descontos de 30% a 80% em 100 marcas.

O shopping faz parte de um complexo imobiliário que está em construção em uma área de 7 milhões de m² na Rodovia Castello Branco, que também terá torres comerciais e um aeroporto para aviação executiva.

O Catarina promete oferecer descontos em grifes internacionais, como Calvin Klein, Nike e Michael Kors, e em marcas nacionais, como Cris Barros, Arezzo, Daslu e Morena Rosa. O empreendimento será o primeiro do País a ter lojas de outlet das marcas Burberry, Carolina Herrera, Kate Spade e Tory Burch.

Segundo o executivo chefe da unidade de negócios de shoppings da JHSF, Robert Harley, 98% das lojas do Catarina estão alugadas e 75% delas estarão abertas na inauguração do empreendimento. “Isso hoje é um diferencial.

Vários shoppings novos estão com dificuldades de ocupar as lojas”, afirmou. Para ele, o interesse das marcas pelo empreendimento se deve, principalmente, à boa composição do mix de lojas e à localização do shopping.

Também beneficiou a ocupação do Catarina o atraso de um projeto da BR Malls na própria rodovia Castello Branco. Alguns lojistas cancelaram contratos de locação no outlet da BR Malls e migraram para o projeto da JHSF quando perceberam que ele seria inaugurado antes.

A Rodovia Castello Branco tem um tráfego diário de cerca de 40 mil de veículos. A estimativa da JHSF é de que o outlet Catarina receba entre 4 milhões e 5 milhões de pessoas por ano. “

Ele foi projetado para atender pessoas de todo o Estado de São Paulo. Mas deve receber clientes do País inteiro”, afirma Harley. O outlet Catarina recebeu investimentos de R$ 102 milhões e abriu 2 mil vagas de emprego na obra e outras 3 mil para a operação do shopping.

A previsão inicial da JHSF era inaugurar o empreendimento no ano passado, mas a obra atrasou por causa de um processo movido por moradores da região contra o projeto.

Shopping

O outlet é um formato de shopping ainda pouco conhecido pelo consumidor brasileiro. O primeiro empreendimento do tipo no País foi inaugurado em 2009, em Itupava, a 70 km de São Paulo.

O negócio, no entanto, está em expansão e outros oito têm previsão de inauguração até 2016, segundo levantamento feito em outubro pela Agência Brasileira de Outlets (About), que desenvolve projetos do gênero no País. A estimativa da About é de que os primeiros 14 projetos somem vendas anuais de R$ 4,4 bilhões.

A construção de outlets no Brasil vem para atender uma necessidade do varejo de desovar estoques. “É uma evolução natural do varejo. As marcas abriram novas lojas nos shoppings que foram criados nos últimos anos em todo o País. Isso inevitavelmente gera um estoque de mercadorias, que precisa ser escoado”, disse o sócio da About, Andre Costa.

Mesmo com os empreendimentos que devem ser inaugurados nos próximos anos, Costa estima que ainda há espaço para mais outlets no Brasil. “Nos EUA, os outlets representam 1% da área bruta locável de todos shoppings. No Brasil, é 0,5%. Há uma demanda reprimida”, diz Costa.

Ele lembra que o produto é beneficiado por momentos de crise econômica, já que vende produtos com descontos e o custo do aluguel é mais baixo para o lojista. Enquanto no shopping tradicional o custo total de locação pode chegar a 30% do faturamento, no outlet o peso do aluguel é de 8% das vendas, estima a About.

Na época da crise americana, foram inaugurados 33 outlets nos Estados Unidos e apenas um shopping tradicional, de acordo com dados da International Council of Shopping Centers (ICSC) de 2006 a 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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