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JBS quer lucrar também com compra e venda de empresas

Depois de uma trajetória fulminante no setor frigorífico, a empresa quer deixar de ser uma típica família da indústria para se transformar em investidora de capital

Gado da JBS:  "“Queremos transformar a J&F, a holding que controla nossos negócios, numa empresa de investimentos", afirmou Joesley Batista (Claudio Rossi)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 10h29.

São Paulo - Do açougue no interior de Goiás a maior fornecedor de carne do mundo, depois de quase 60 anos de estrada - e do empurrão financeiro do BNDES -, a família Batista já poderia ter encostado a boiada na sombra e estar vivendo apenas do frigorífico JBS. Mas passaram a produzir cosméticos, artigos de higiene e limpeza, leite e iogurte - e ainda montaram um banco.

O próximo passo é a inauguração, na semana que vem, da Eldorado, a maior fábrica de celulose de fibra curta do mundo. A ideia por trás de tamanha diversificação é o desejo que os Batistas têm de se reinventar como empresários.

Depois de uma trajetória fulminante no setor frigorífico, querem deixar de ser uma típica família da indústria para se transformar em investidores capitalistas e lucrar com a compra, venda e fusão de empresas. "“Queremos transformar a J&F, a holding que controla nossos negócios, numa empresa de investimentos, de capital aberto e com ações negociadas em bolsa"”, afirma Joesley Batista, presidente da holding e porta-voz da família. "“Vamos comprar e vender empresas, criar outros negócios. Só não vamos vender o JBS".”

O empresário afirma ter se inspirado principalmente na Berkshire Hathaway, do bilionário americano Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo. A Berkshire começou no setor têxtil, ganhou muito dinheiro vendendo seguros e hoje a firma de Buffet é dona de participações relevantes em empresas das áreas financeira, de energia e ferroviária, entre outras.

Ainda não há data definida para levar a J&F à bolsa, mas Joesley diz que isso poderá acontecer a partir do ano que vem. “Será assim que o mercado entender nossa proposta e mostrar disposição de pagar o preço justo”, afirma.


Hoje, a holding da família Batista controla sete empresas, que possuem ativos avaliados em R$ 55 bilhões e empregam cerca de 150 mil pessoas (veja quadro). Duas das empresas já estão na bolsa: o laticínio Vigor e o JBS, com faturamento de R$ 72 bilhões previsto para este ano. Os Batistas já montaram uma equipe própria para cuidar de fusões e aquisições.

São cerca de dez pessoas, que trabalham na sede da J&F, um prédio na marginal Pinheiros, em São Paulo. Como o mercado sabe que a família está à caça de oportunidades - a especialidade é comprar empresas com a corda no pescoço - chovem propostas. Atualmente, a equipe avalia cerca de 20 ofertas e há outras dez na fila.

No momento, a atenção está voltada para empresas do setor de infraestrutura, que deverá receber investimentos volumosos nos próximos anos. Já estiveram interessados na Rede Energia, grupo que controla oito distribuidoras espalhadas pelo País, e em maio estiveram a ponto de comprar a Delta, construtora de obras públicas enrolada nos escândalos de corrupção envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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São Paulo - Do açougue no interior de Goiás a maior fornecedor de carne do mundo, depois de quase 60 anos de estrada - e do empurrão financeiro do BNDES -, a família Batista já poderia ter encostado a boiada na sombra e estar vivendo apenas do frigorífico JBS. Mas passaram a produzir cosméticos, artigos de higiene e limpeza, leite e iogurte - e ainda montaram um banco.

O próximo passo é a inauguração, na semana que vem, da Eldorado, a maior fábrica de celulose de fibra curta do mundo. A ideia por trás de tamanha diversificação é o desejo que os Batistas têm de se reinventar como empresários.

Depois de uma trajetória fulminante no setor frigorífico, querem deixar de ser uma típica família da indústria para se transformar em investidores capitalistas e lucrar com a compra, venda e fusão de empresas. "“Queremos transformar a J&F, a holding que controla nossos negócios, numa empresa de investimentos, de capital aberto e com ações negociadas em bolsa"”, afirma Joesley Batista, presidente da holding e porta-voz da família. "“Vamos comprar e vender empresas, criar outros negócios. Só não vamos vender o JBS".”

O empresário afirma ter se inspirado principalmente na Berkshire Hathaway, do bilionário americano Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo. A Berkshire começou no setor têxtil, ganhou muito dinheiro vendendo seguros e hoje a firma de Buffet é dona de participações relevantes em empresas das áreas financeira, de energia e ferroviária, entre outras.

Ainda não há data definida para levar a J&F à bolsa, mas Joesley diz que isso poderá acontecer a partir do ano que vem. “Será assim que o mercado entender nossa proposta e mostrar disposição de pagar o preço justo”, afirma.


Hoje, a holding da família Batista controla sete empresas, que possuem ativos avaliados em R$ 55 bilhões e empregam cerca de 150 mil pessoas (veja quadro). Duas das empresas já estão na bolsa: o laticínio Vigor e o JBS, com faturamento de R$ 72 bilhões previsto para este ano. Os Batistas já montaram uma equipe própria para cuidar de fusões e aquisições.

São cerca de dez pessoas, que trabalham na sede da J&F, um prédio na marginal Pinheiros, em São Paulo. Como o mercado sabe que a família está à caça de oportunidades - a especialidade é comprar empresas com a corda no pescoço - chovem propostas. Atualmente, a equipe avalia cerca de 20 ofertas e há outras dez na fila.

No momento, a atenção está voltada para empresas do setor de infraestrutura, que deverá receber investimentos volumosos nos próximos anos. Já estiveram interessados na Rede Energia, grupo que controla oito distribuidoras espalhadas pelo País, e em maio estiveram a ponto de comprar a Delta, construtora de obras públicas enrolada nos escândalos de corrupção envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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