O que a JBS foi fazer em Davos? Reforçar soluções para uma agropecuária mais sustentável
Multinacional apresenta ao mercado suas iniciativas que são parte do compromisso de ser net zero até 2040
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2022 às 11h00.
Última atualização em 4 de julho de 2022 às 11h06.
Em busca de uma produção de alimentos mais sustentável, é preciso transformar os atuais modelos de operação das empresas do setor. Na busca desse caminho, a indústria segue discutindo sobre novos modelos de negócio, políticas e incentivos para que se alcance um consumo mais responsável e inclusivo, um planeta mais sustentável e pessoas mais saudáveis.
“A humanidade está enfrentando duas emergências. Não desafios. Emergências. E não para o futuro. Elas estão afetando o mundo agora. Nós precisamos enfrentar as mudanças climáticas e alimentar a população mundial. Há soluções para fazer ambos ao mesmo tempo, e a JBS está investindo para implementá-las”, disse Gilberto Tomazoni, CEO global da companhia, durante o Fórum Econômico Mundial, que aconteceu em Davos, na Suíça.
No evento, o executivo apresentou quatro soluções para uma agricultura mais sustentável já em andamento na companhia, como parte de seu compromisso para ser net zero até 2040:
Integração lavoura-pecuária-floresta
Maior produtora de alimentos à base de proteínas do mundo, a JBS foi a Davos este ano para mostrar o potencial da agropecuária como parte da solução climática. A solução, pensada a partir da integração lavoura-pecuária-floresta, permite ao produtor impulsionar a produção de alimentos em até 40% e, ao mesmo tempo, capturar os gases de efeito estufa da atmosfera.
Recuperação de pastagens degradadas
Outra solução para os desafios do setor apresentada pela companhia no Fórum foi a recuperação de pastagens degradadas, que pode aumentar em 10 vezes a produtividade de uma área, além de ampliar a captura de carbono, graças à fotossíntese da pastagem.
Economia circular
Em Davos, Tomazoni também reforçou o papel que a economia circular tem para o compromisso climático da JBS e para seus negócios.
“Na JBS, vemos a economia circular como uma oportunidade de nos tornarmos mais eficientes e rentáveis, além de gerarmos impacto positivo para o planeta”, disse.
Ele deu exemplos, mostrando que a companhia transforma o resíduo de um processo produtivo em matéria-prima para um novo produto, como os fertilizantes orgânicos.
Inovação pela sustentabilidade
Durante sua fala, o CEO global da JBS também focou na inovação da companhia visando entregar produtos mais saudáveis e inclusivos, além de ambientalmente sustentáveis. O Global Innovation Team (GIT), criado em 2018, é um exemplo.
O time tem por objetivo promover a troca de informações entre as áreas de inovação do grupo no Brasil e no exterior. Foi essa estrutura que ajudou a JBS a se posicionar no mercado de proteína cultivada. Recentemente, a empresa adquiriu o controle da espanhola BioTech Foods e está investindo na construção de seu próprio centro de inovação no Brasil.
Participaram do painel “Strategic Outlook: Responsible Consumption (Perspectivas Estratégicas: Consumo Responsável)”, além da JBS, Nicolas Hieronimus, CEO da L’Oréal, J. Michael Evans, presidente do Alibaba Group, e Vivianne Heijnen, ministra do Meio Ambiente da Holanda. A moderação foi de Jane Nelson, diretora da Iniciativa de Responsabilidade Corporativa da Harvard Kennedy School of Government.