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Lucro do Itaú cresce 18% no 1º trimestre, para R$ 6,2 bi

Trata-se do segundo trimestre consecutivo de crescimento nos resultados do banco e o último sob o comando de Roberto Setubal

Itaú: cifra é 18% maior que a registrada um ano antes (Gustavo Gomes/Bloomberg)

Itaú: cifra é 18% maior que a registrada um ano antes (Gustavo Gomes/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2017 às 08h26.

Última atualização em 3 de maio de 2017 às 18h42.

São Paulo - O Itaú Unibanco reportou lucro líquido de R$ 6,176 bilhões de janeiro a março, cifra 18% maior que a registrada um ano antes, de R$ 5,162 bilhões.

Trata-se do segundo trimestre consecutivo de crescimento nos resultados do banco e o último sob o comando de Roberto Setubal, que passou o bastão para Candido Bracher, após 23 anos como CEO do banco, por atingir a idade limite para o cargo. Bracher assumiu a presidência da instituição nesta terça-feira, 2. Em relação ao quarto trimestre de 2016, de R$ 5,817 bilhões, o resultado do banco cresceu 6,17%.

O lucro líquido recorrente do banco veio em linha com as projeções de analistas do mercado, que esperavam em média R$ 6,014 bilhões, segundosete casas consultadas para a Prévia Broadcast. São elas: Banco do Brasil, Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, UBS e duas casas que preferiram não ser identificadas. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

O lucro do Itaú no primeiro trimestre foi influenciado, conforme explica o banco, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, pelas reduções das despesas não decorrentes de juros em 7,8%, impairment em 64,5% e despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa em 7,4%, principalmente no segmento de varejo. "Além desses efeitos, tivemos redução de 8,0% da margem financeira com clientes e de 6,3% da margem financeira com o mercado", acrescenta a instituição.

A carteira de crédito total da instituição foi a R$ 586,998 bilhões ao final de março, redução de 1,9% em relação a dezembro, de R$ 598,431 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somavam R$ 637,472 bilhões, a retração chegou a 7,9%. Empréstimos para pessoas físicas diminuíram 1,6% e 2,0% enquanto para pessoa jurídica encolheram 2,7% e 10,7%, nesta ordem.

Os ativos totais do Itaú somaram R$ 1,413 trilhão no primeiro trimestre, queda de 1,0% ante os três meses anteriores, de R$ 1,427 trilhão. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, quando estavam em R$ 1,398 trilhão, houve aumento de 1,1%.

Seu patrimônio líquido foi a R$ 114,897 bilhões de janeiro a março, aumento de 7,7% em 12 meses e queda de 0,6% na comparação com os três meses anteriores. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi a 22,0% no primeiro trimestre contra 20,7% no quarto e 19,6% no primeiro trimestre de 2016.

Resultado líquido e recorrente

O Itaú publicou ainda lucro líquido divulgado, que considera o efeito Corpbanca, banco adquirido no Chile, de R$ 6,052 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 16,74% em relação ao mesmo intervalo de 2016, de R$ 5,184 bilhões. Em comparação com o quarto trimestre de 2016, que era de R$ 5,543 bilhões, cresceu 9,18%.

Sem o efeito Corpbanca, o lucro líquido do banco soma R$ 6,052 bilhões de janeiro a março, alta de 18,41% em um ano, de R$ 5,111 bilhões. As principais diferenças entre o lucro líquido e o resultado recorrente, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, foram R$ 123 milhões em ajustes de ativos, R$ 125 milhões em amortizações de ágio de aquisições feitas pelo grupo, dentre outros.

O Itaú comenta seus resultados do primeiro trimestre nesta quarta-feira, 3, em teleconferência com jornalistas, às 10h, e quinta-feira, 4, com analistas, às 09h30 em português e às 11h30 em inglês.

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