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Itaú Unibanco tem lucro líquido de R$3 bi no 3o trimestre

Resultado representa aumento de 33,77 por cento em relação ao apurado em igual etapa de 2009.

Agência do Itaú Unibanco: lucro aumentou (Germano Luders/EXAME)

Agência do Itaú Unibanco: lucro aumentou (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 10h30.

São Paulo - Gastos maiores com integração de agências e o conservadorismo no provisionamento para perdas fizeram o Itaú Unibanco reportar um lucro levemente menor do que o esperado no terceiro trimestre, mesmo com a expansão e a melhora de sua carteira de crédito.

O banco informou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 3,03 bilhões de reais no terceiro trimestre, um aumento de 33,8 por cento em relação ao apurado em igual etapa de 2009.

Em termos recorrentes, o lucro da instituição no período foi de 3,158 bilhões de reais. A previsão média de 11 analistas consultados pela Reuters apontava para um lucro recorrente de 3,3 bilhões de reais no período.

Ainda assim, em números totais a instituição superou os 2,5 bilhões de reais do Bradesco, reportados na semana passada e que foram apontados pela Economatica como o maior lucro já registrado por um banco brasileiro de capital aberto no período de julho a setembro .

No trimestre, a carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, era de 313,19 bilhões de reais, um alta de 16,6 por cento em doze meses. O avanço foi puxado pelo segmento de micro, pequenas e médias empresas, que cresceu 30 por cento no período. A carteira de varejo avançou 15,9 por cento na base anual, para 118,8 bilhões de reais.

O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com prazo superior a 90 dias, ficou em 4,3 por cento, ante 4,6 por cento no final de junho e dos 5,9 por cento no terceiro quarto do ano anterior. Foi o menor índice desde o quarto trimestre de 2008.

As despesas com provisões para perdas com crédito alcançaram 4,069 bilhões de reais, montante 5,3 por cento menor em doze meses, porém levemente superior aos 4,02 bilhões de reais do segundo trimestre deste ano. O índice de cobertura de 90 dias subiu de 187 para 196 por cento em três meses.

Além disso, as receitas com serviços somaram 4,45 bilhões de reais no trimestre, 15,5 por cento maiores em um ano.

Por outro lado, as despesas não decorrentes de juros do banco subiram a 7,975 bilhões de reais, 15,7 por cento a mais na comparação anual, devido aos gastos com migração e abertura de agências e com ao aumento de salários devido ao dissídio coletivo.

O retorno líquido sobre patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 21,6 por cento no trimestre, abaixo dos 23,4 por cento do trimestre anterior, mas acima dos 18,9 por cento de um ano antes. O índice recorrente ficou em 22,5 por cento.

Os ativos totais do banco em 30 de setembro somavam 686,248 bilhões de reais, um avanço anual de 12,06 por cento.

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