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Itaú Unibanco encerra 2º tri com lucro dentro do esperado

O lucro líquido do banco foi de R$ 3,304 bilhões, dentro das expectativas

Resultado teve queda ante os R$ 3,6 bilhões obtidos um ano antes (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Resultado teve queda ante os R$ 3,6 bilhões obtidos um ano antes (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 10h31.

São Paulo - O Itaú Unibanco encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 3,304 bilhões de reais, queda de 8,3 por cento sobre o mesmo perído de 2011, em meio a crescimento da inadimplência e aumento anual nas despesas com perdas com crédito.

Após o segundo trimestre, a instituição alterou sua previsão de expansão da carteira de crédito em 2012, estimando crescimento de 13 a 15 por cento este ano, cálculo que exclui operações de financiamento de veículos a consumidores. Anteriormente, o banco previa alta de 14 a 17 por cento na carteira de crédito este ano, num ritmo mais lento que o apresentado em 2011.

No segundo trimestre, a carteira do banco cresceu 14,8 por cento em relação ao mesmo período de 2012, para 413,39 bilhões de reais. O portfólio voltado a financiamento de veículos, cujo mercado no começo do ano apurou forte alta na inadimplência, sofreu uma queda de 4,2 por cento no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano e de 5,9 por cento no comparativo anual, para 56,575 bilhões de reais.

A expectativa do banco é que a carteira de empréstimos para financiamento de veículos caia para 50 bilhões a 52 bilhões de reais em 2012.

Em termos recorrentes, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de 3,585 bilhões de reais, em linha com o esperado pelo mercado, segundo pesquisa da Reuters com analistas, e acima dos 3,317 bilhões de reais obtidos um ano antes.

O resultado do Itaú Unibanco foi divulgado após o rival Bradesco anunciar na véspera que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido recorrente de 2,867 bilhões de reais ante expectativa média de 11 analistas de 2,92 bilhões de reais. .

O Itaú Unibanco voltou a apurar aumento no índice de operações vencidas há mais de 90 dias. O indicador fechou o trimestre em 5,2 por cento, acima dos 5,1 por cento do primeiro trimestre e dos 4,5 por cento de um ano antes. No período, o índice apurou a sua quinta alta trimestral consecutiva, atingindo o maior nível desde o último quarto de 2009.

A carteira de empréstimos a consumidores teve um índice de inadimplência avançando de 6,7 por cento no primeiro trimestre para 7,3 por cento nos três meses encerrados em junho, enquanto os calotes na pessoa jurídica recuaram de 3,7 para 3,5 por cento no período.


Despesas com PDD

Apesar do novo aumento na inadimplência, o banco reduziu ligeiramente as despesas com provisão para devedores duvidosos no comparativo trimestral, passando de 6,031 bilhões para 5,988 bilhões de reais.

O Itaú Unibanco também informou expectativa de queda nas despesas com previsões. A previsão para o terceiro trimestre é de 6 bilhões a 6,5 bilhões de reais, reduzindo ante a estimativa anterior de 6,5 bilhões a 7,1 bilhões de reais.

O banco divulgou ainda uma expectativa da despesas com PDD no quarto trimestre de entre 5,7 bilhões e 6,2 bilhões de reais.

O banco apurou margem financeira de 13,469 bilhões de reais de abril a junho ante 11,921 bilhões de reais no segundo trimestre do ano passado, enquanto isso, as receitas com prestação de serviços e tarifas somaram 5,078 bilhões, expansão de 8,7 por cento na comparação anual.

A expectativa para o crescimento da receitas de prestação de serviços e resultado com seguros, previdência e capitalização é de 10 a 12 por cento este ano, segundo o balanço divulgado pelo banco.

A instituição apurou um índice de eficiência de 45 por cento no segundo trimestre ante 47,8 por cento um ano antes. A previsão é que o indicador apresente melhora de 2 a 3 pontos percentuais este ano.

O Itaú Unibanco encerrou o trimestre passado com ativos totais de 888,809 bilhões de reais, crescimento de 11,9 por cento sobre o total registrado um ano antes.

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