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Itaú quer voltar a crescer em crédito automotivo e para PMEs

Interesse surge após cinco anos seguidos reduzindo a concessão de crédito para os segmentos

Itaú: segundo presidente-executivo, "processo deliberado de redução de crédito para esses setores está concluído" (Sergio Moraes/Reuters)

Itaú: segundo presidente-executivo, "processo deliberado de redução de crédito para esses setores está concluído" (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 14h25.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 14h31.

São Paulo - Após cerca de cinco anos seguidos reduzindo a concessão de crédito para compra de automóveis e para o segmento pequena e média empresas, o Itaú Unibanco está pronto para voltar a crescer em ambos, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do banco, Candido Bracher.

"O processo deliberado de redução de crédito para esses setores está concluído", disse Bracher a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre, quando as operações para esses segmentos voltaram a cair

Para o executivo, a demanda por crédito no varejo já mostrou uma inflexão de julho a setembro e essa tendência de recuperação deve se prolongar nos próximos meses. Ainda assim, isso não impedirá o banco de fechar 2017 perto da parte mais baixa da previsão para a carteira total neste ano, que já é de queda.

"Para 2018 existe, sim, uma disposição de crescer a carteira; o quanto, estamos avaliando", disse Bracher.

De acordo com executivo, a demanda por empréstimos por parte das empresas ainda deve levar tempo para ganhar tração, uma vez que as incertezas ligadas à eleição presidencial de 2018 devem postergar planos de investimentos das empresas.

"Não temos visto demanda em níveis que consideremos rentáveis para nossa operação, especialmente no atacado", disse.

Qualidade da carteira

Bracher reiterou previsão de que os níveis de cobertura mantidos pelo banco devem cair no médio prazo. O executivo fez essa previsão no começo de 2017, mas desde então esse índice só subiu. Segundo ele, antes de cair, o indicador pode subir mais.

A explicação, argumentou, é que o banco fez provisões adicionais contemplando sobretudo a chance de que algumas empresas de grande porte poderiam ficar inadimplentes, o que não aconteceu.

"Vamos aguardar um pouco, se percebermos que a provisão adicional não será usada, poderemos reverter", disse Bracher.

O banco anunciou na segunda-feira à noite que teve aumento do lucro no terceiro trimestre, uma vez que menores despesas ligadas a calotes e maior receitas com tarifas compensaram com sobras uma nova redução das operações do crédito.

Às 14h17, a ação do Itaú Unibanco caía 2 por cento, enquanto o Ibovespa cedia 0,2 por cento.

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