Itaú: despesas com calotes vão a R$ 4,282 bi no 3º trimestre
O valor representa uma queda de 30,6% em um ano; no segundo trimestre, esses gastos já haviam se reduzido em 21,9%
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de outubro de 2017 às 21h13.
São Paulo - O Itaú Unibanco acelerou a redução dos gastos com calotes. Suas despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, as chamadas PDDs, totalizaram R$ 4,282 bilhões no terceiro trimestre de 2017, queda de 30,6% em um ano.
No segundo trimestre, esses gastos já haviam se reduzido em 21,9%. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 4,948 bilhões, foi vista retração de 13,5%.
O Itaú Unibanco explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a redução de R$ 667 milhões da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa esteve concentrada, principalmente, nos segmentos de Varejo e Atacado no Brasil, em linha com a tendência de melhora da inadimplência observada nos mesmos.
No entanto, os menores gastos com calotes foram compensados, conforme destaca o banco, por um maior impairment de títulos privados no segmento de Atacado.
O volume no terceiro trimestre cresceu R$ 157 milhões em relação ao segundo, totalizando R$ 262 milhões. De janeiro a setembro, o total de impairment foi de 812 milhões.
Já o saldo de PDDs do banco foi a R$ 36,630 bilhões ao final de setembro, queda de 2,10% em relação ao término de junho, de R$ 37,417 bilhões. Em um ano, quando a cifra estava em R$ 39,103 bilhões, foi vista queda de 6,32%.
O custo de crédito totalizou R$ 3,990 bilhões no terceiro trimestre, com redução de 10,8% em relação ao trimestre anterior. Em um ano, a queda chegou a 28,5%.
De janeiro a setembro, totalizou R$ 13,745 bilhões, recuo de 28,1% em 12 meses. O Itaú espera que o seu custo do crédito consolidado fique entre R$ 15,5 bilhões e R$ 18 bilhões neste ano.