Itaú Asset aposta em novos mandatos de fundos de pensão
Estratégias devem ter apelo maior a fundos de pensão afetados por recentes movimentações de mercado
Reuters
Publicado em 11 de abril de 2017 às 10h51.
São Paulo - O Itaú Asset Management, braço do Itaú Unibanco , aposta que estratégias de investimentos adaptadas ao perfil de risco e às necessidades de fluxo de caixa dos clientes o ajudarão a conquistar mandatos de fundos de pensão com dificuldades para fechar rombos de anos passados.
Tatiana Grecco, diretora de soluções de portfólio do Itaú Asset, disse que o mix de estratégias deve ter apelo maior a fundos de pensão afetados por recentes movimentações de mercado que as abordagens tradicionais que tentam superar referências de mercado.
Segundo Grecco, o Itaú Asset vem defendendo o uso das chamadas soluções de portfólio nos últimos anos. Embora amplamente usada na América do Norte, Europa e Japão, a abordagem - que combina elementos de investimento orientado por metas e passivos - segue incipiente no Brasil.
Fundos de pensão supervisionam ativos equivalentes a 12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A combinação de juros altos e recuperação do mercado acionário fez os fundos fechados de previdência no Brasil terem rentabilidade média de 14,56 por cento em 2016, superando a meta atuarial após três anos seguidos em baixa, segundo dados Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp)..
Porém, a maioria dos fundos pode mais uma vez não atingir as metas de retorno neste ano, afirmou na semana passada à Reuters Martin Glogowsky, presidente do fundo de pensão Fundação Cesp.
"Administrar ativos e passivos de modo que se leve em conta as necessidades do cliente e a escalabilidade da solução, é aí que está a quebra do paradigma", disse Grecco à Reuters.
Ela acrescentou que a solução de porfólio pode ser usada para investidores individuais em busca de planejamento financeiro para seus filhos, bem como para fundos de pensão e outros participantes de mercado complexos.