Ryanair: diversos relatos na imprensa indicam que a Ryanair cancelou voos devido à falta de pessoal (Ian Waldie/Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 17h20.
A autoridade reguladora italiana deu início, nesta segunda-feira (4), a procedimentos de não conformidade contra a Ryanair que podem levar a uma multa de até 6 milhões de dólares, devido às recentes ondas de cancelamento de voos.
O procedimento foi iniciado após a Ryanair ignorar uma ordem para atualizar seu site e seus e-mails padrões para garantir que consumidores italianos ficassem cientes de seus direitos de reagendar, reprogramar ou até de receber compensações nos casos de voos cancelados, anunciou a reguladora antitruste.
A empresa não cumpriu a ordem, que exigia mudanças em 10 dias, e sua apelação foi rejeitada por um tribunal no mês passado.
Diversos relatos na imprensa indicam que a Ryanair cancelou voos devido à falta de pessoal provocada pela saída de pilotos e comissários da empresa.
A empresa nega essa informação, afirmando que o que houve foi resultado de uma "falha na escala de pilotos".
Mais de 700 mil pessoas tiveram voos alterados, e a companhia aérea foi alvo de ataques de grupos de defesa dos direitos do consumidor e autoridades reguladoras pelo gerenciamento da crise, sobretudo acerca dos direitos dos clientes cujos voos foram cancelados.
A empresa, a maior companhia aérea europeia em número de passageiros, disse nesta segunda-feira que transportou 9,3 milhões de passageiros no mês passado, um aumento de 6% em relação a novembro de 2016.
Essa foi a sua taxa de crescimento mais lenta em três anos, mas a empresa está dentro de sua previsão de lucros de antes da crise, apesar dos cancelamentos.