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Investida de Custódio, da EQi, agência gamer Curta fatura R$ 14 mi em 12 meses

Fundada há um ano, a Curta tem 19 influenciadores no portfólio, com mais de 1 bilhão de visualizações mensais no YouTube

Vitor Rabello, Juliano Custódio, Lucas Continentino e Pedro Gelli, sócio da Curta: 'não-agência' de influenciadores digitais de games (Divulgação/Divulgação)

Vitor Rabello, Juliano Custódio, Lucas Continentino e Pedro Gelli, sócio da Curta: 'não-agência' de influenciadores digitais de games (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 24 de julho de 2022 às 10h00.

A empresa de gestão de influenciadores Curta, investida de Juliano Custódio (EQi) desde abril deste ano, faturou 10 milhões de reais no primeiro semestre de 2022.

A quantia é mais que o dobro do registrado no ano passado inteiro: 4,5 milhões de reais.

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A Curta foi fundada há um ano, por Pedro Gelli, conhecido no YouTube como o dono do canal de humor geek Gelli Clash, junto aos sócios Vitor Rabello e Lucas Continentino, também influenciadores digitais entre gamers.

Hoje, a Curta tem em seu portfólio seis dos dez maiores youtubers gamers do universo de Minecraft e o Youtuber #1 de 2021, segundo a própria plataforma: Robin Hood Gamer, da Família Arqueira.

São mais de 1 bilhão de visualizações mensais no Youtube, com 19 influenciadores, e 121 milhões de usuários inscritos nos canais.

A ideia por trás da Curta é que o grupo de sócios influadores possa fazer a gestão de outros influenciadores.

Eles adotaram um modelo de partnership. No modelo da Curta, todos os influenciadores são sócios do hub.

Um exemplo: em dezembro, a Curta lançou o Livrão do Lipão, um dos primeiros produtos licenciados deles.

Diferentemente das editoras tradicionais em que o autor recebe entre 6% e 12% do valor da capa, no caso da Curta, o Lipão entrou como sócio no projeto e ficou com 50% do resultado.

"Isso não acontece em nenhuma das agências tradicionais, que ficam com grande parte do ganho sobre a produção do influenciador", diz Gelli. "Por isso, rechaçamos o termo agência e nos consideramos uma não-agência."

No rol do que é considerado gestão por ali está o apoio a estratégias de marketing digital bem-sucedidas.

"A criação da Curta surgiu de uma lacuna: os influenciadores enfrentavam dificuldade de comunicação com as marcas e vice-versa", diz Continentino, responsável pela área comercial.

"Nosso modelo se inspirou nas dores dos influenciadores com o mercado, buscando o equilíbrio para o negócio fluir com qualidade e engajamento."

Nos últimos meses, as marcas Fortnite, Ruffles, Youtube Shorts e Metal Revolution fecharam contratos com a Curta em troca de exposição na rede de influenciadores gamers parceiros da empresa.

Além disso, a Curta abriu recentemente duas novas linhas de receita para o segundo semestre: licenciamento e produtos próprios de influenciadores.

Para isso, a Curta fechou parceria com a Destra, licenciadora do PSG, Barcelona, Corinthians e Flamengo. A ideia é a Destra auxiliar no licenciamento dos influenciadores da Curta.

A expectativa da Curta é fechar o ano com faturamento de 32 milhões de reais.

O mercado de influência no Brasil cresce de forma exponencial. Somente em 2021, o investimento das marcas em influenciadores cresceu 71%, segundo um estudo da Youpix.

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