O Inter quer reestruturar gestão
Com o segundo maior faturamento entre os clubes brasileiros em 2009, o clube tem tido dificuldades na administração
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2010 às 13h56.
São Paulo - A administração de um clube deve ser igual à de uma empresa. É o que defende Vitorio Piffero, presidente do Sport Club Internacional, vice-campeão brasileiro de 2009. Com um faturamento de 163 milhões de reais no ano passado, atrás apenas do São Paulo Futebol Clube, a diretoria está sentindo falta de mais controle sobre a administração e, por isso, quer mudar.
"Nós conseguimos controlar muito pouco do que nós deveríamos. Sempre que há uma negociação ou novos contratos, temos a sensação de que a administração está recebendo menos do que deveria. O clube não consegue controlar na ponta do lápis as contas. Tem um campo vastíssimo de receita a ser auferida, com uma fiscalização mais rigorosa", afirma.
Para tentar reorganizar a gestão do clube e propor soluções, dirigentes e conselheiros vão se reunir nos dias 14 e 15 deste mês no seminário "Profissionalização, sim ou não?", no complexo Beira-Rio, estádio do clube.
Atualmente, a gestão do Inter é dividida entre presidência, 11 vice-presidências e quase 30 outros cargos diretivos. Para Piffero, a grande quantidade de cargos e pessoas na administração do clube torna o trabalho mais lento e burocrático.
Por isso, a primeira sugestão de mudança de gestão deve ser o enxugamento administrativo. "Muitos assuntos se interrelacionam e as coisas acabam se embromando quando dependem de muitas vice-presidências, o que resulta em perda de tempo", justifica.
A segunda proposta é a criação de uma empresa própria para usufruir melhor o poder da marca do clube, ganhar ainda mais e, assim, sair da vice-liderança entre os mais ricos.