Negócios

Impasse sindical trava integração de Azul e Trip

A recusa do sindicato ocorre no mesmo dia em que as empresas receberam o aval da Anac para operar como uma única companhia aérea


	Trip: a proposta da Azul traria uma queda de rendimentos para os pilotos da Trip em algumas situações, como em períodos de baixa produtividade”, segundo sindicato
 (Divulgação)

Trip: a proposta da Azul traria uma queda de rendimentos para os pilotos da Trip em algumas situações, como em períodos de baixa produtividade”, segundo sindicato (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 08h35.

São Paulo - A proposta de equiparação salarial de tripulantes da Azul e da Trip foi recusada, na segunda-feira, 21, em assembleia do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos e comissários.

A recusa do sindicato ocorre no mesmo dia em que as empresas receberam o aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar como uma única companhia aérea e usar o mesmo Certificado de Operador Aéreo (COA), de acordo com decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Azul e Trip hoje têm pacotes de remuneração diferentes e a equiparação salarial é um dos passos que ainda precisam ser definidos para a conclusão da fusão. A remuneração depende de um salário base e um variável, que são diferentes nas empresas.

A Azul, por exemplo, paga adicional de periculosidade e a Trip não. Uma calcula o salário variável com base em horas voadas e a outra por quilômetro.

No fim das contas, os trabalhadores da Trip tinham uma remuneração maior, diz o sindicato. “A proposta da Azul traria uma queda de rendimentos para os pilotos da Trip em algumas situações, como em períodos de baixa produtividade”, disse o presidente do SNA, Marcelo Ceriotti. Segundo ele, se a empresa não fizer uma contraproposta, a decisão será da Justiça do Trabalho. Procurada, a Azul não comentou a questão.

A fusão de Azul e Trip foi anunciada em maio de 2012 e aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em março deste ano.

Para o passageiro, as companhias já se integraram - os voos de Azul e Trip são vendidos no mesmo site e o nome Azul prevaleceu. Mas, para a Anac, elas ainda funcionavam como duas empresas separadas, com tripulação e frota próprias.

Com COAs diferentes, um piloto da Trip não pode voar um avião da Azul. Com isso, a empresa precisa manter duas escalas de voos e deixa de aproveitar sinergias da fusão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Águia BrancaAviaçãoAzulcompanhias-aereasEmpresasSetor de transporteTrip

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia