Impactos da pandemia: TNG entra com pedido de recuperação judicial
Presidente da TNG, Tito Bessa Jr, afimou que restrições impostas pela pandemia motivaram pedido de recuperação judicial, que deve ser apresentado nos próximos meses e procura solucionar dívida de R$250 milhões
Maria Clara Dias
Publicado em 22 de maio de 2021 às 13h34.
Última atualização em 25 de maio de 2021 às 08h31.
A rede de loja de roupas TNG anunciou a entrada com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira, 21, como consequência direta dos impactos causados pela pandemia de covid-19 no setor. A dívida, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo, é de cerca de 250 milhões de reais.
As empresas do futuro estão aqui. Conheça os melhores investimentos em ESG na EXAME Invest Pro
Em comunicado, o presidente da companhia, Tito Bessa Jr., disse que o fechamento de lojas físicas durante as restrições de cirulação foram uma das principais motivações para a ação. "Tal medida visa nos proteger a fim de cumprirmos nosso plano a ser apresentado em até sessenta dias", afirmna. O processo está sendo assessorado pelo escritório de advocacia Moraes Jr. e pela consultoria Siegen e o plano final deverá ser apresentado em até dois meses.
A recuperação judicial da TNG é um reflexo claro dos impactos da pandemia no setor da moda, em especial às varejistas. Em resposta às restrições para o comércio físico, grandes marcas apostam na digitalização de seus canais de vendas, como no caso da Arezzo & Co, que lançou sua primeira plataforma de marketplace em novembro do ano passado. Há dois meses, a Renner também anunciou a compra da Dafiti, como um esforço para consolidar ainda mais a participação do e-commerce nas operações.
Com a TNG, porém, o destino não foi o mesmo. Apesar de intensificar as vendas por canais digitais, a empresa não foi capaz de driblar as oscilações do dólar, a demissão de funcionáros, o fechamento de 60 lojas e a queda na receita.
O futuro do varejo é 100% digital? Entenda assinando a EXAME .