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Impacto de tarifas chinesas para Boeing depende de definições

As ações da Boeing caíram até 6 por cento no início do pregão, depois que a China revidou as tarifas impostas pelos EUA

Boeing: China anunciou planos de impor uma tarifa de 25 por cento em certas aeronaves dos Estados Unidos (AFP/Paul Joseph Brown/AFP)

Boeing: China anunciou planos de impor uma tarifa de 25 por cento em certas aeronaves dos Estados Unidos (AFP/Paul Joseph Brown/AFP)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 21h29.

A China nesta quarta-feira anunciou planos de impor uma tarifa de 25 por cento em certas aeronaves dos Estados Unidos, em um movimento que deve afetar alguns modelos de corredor único mais antigos da Boeing, de acordo com documentos do Ministério do Comércio da China e da fabricante norte-americana.

Mas, embora muitos analistas tenham dito que a China poupou o mais novo 737 MAX -- essencial para o futuro desempenho da Boeing --, o impacto ainda é incerto porque faltam detalhes no anúncio e nem todas as características da aeronave foram divulgadas.

As ações da Boeing caíram até 6 por cento no início do pregão, depois que a China revidou as tarifas impostas pelos EUA com o anúncio de taxação para uma série de produtos norte-americanos, incluindo soja, carros, carne bovina e produtos químicos, além de aviões.

Estes incluem aeronaves com um "peso vazio" entre 15 e 45 toneladas.

Dependendo de como é definido o "peso vazio", o movimento coloca um ponto de interrogação sobre o destino do novo 737 MAX 8 da Boeing - embora os maiores MAX 9 e MAX 10 possam ser poupados.

As apostas são altas. Os Estados Unidos exportaram 15 bilhões de dólares em aeronaves para a China em 2016, figurando ao lado de produtos agrícolas como a soja, também sujeita a tarifas, como a maior categoria de bens, de acordo com dados do comércio norte-americano.

Várias definições de "peso vazio" são usadas na indústria aeronáutica e o documento do ministério não contém quaisquer notas de rodapé ou explicações adicionais.

Especialistas do setor disseram que as regras provavelmente se referem ao "peso vazio dos fabricantes" ou à estrutura central da aeronave.

Mas os fabricantes geralmente têm vergonha de publicar esse número por causa de sua sensibilidade comercial, enquanto fornecem estimativas para o "peso vazio da operação", um pouco maior, que inclui tripulação e alguns fluidos e equipamentos, mas não combustível.

No entanto, mesmo esse número pode variar de acordo com os requisitos específicos de uma companhia aérea, por isso é visto apenas como uma diretriz.

Seja qual for a categoria usada, a margem parece incluir confortavelmente a aeronave 737 de última geração de corredor único, que está sendo substituída pelo mais novo 737 MAX.

 

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