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Ikea mostra que menos comida no lixo é mais dinheiro no caixa

Gigante sueca tem retornos financeiros positivos ao combater o desperdício de alimentos. E o Planeta agradece

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 (IKEA/ Campanha Food is Precious/Divulgação)

(IKEA/ Campanha Food is Precious/Divulgação)

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Vanessa Barbosa

Publicado em 8 de julho de 2017 às, 07h17.

Última atualização em 8 de julho de 2017 às, 07h17.

São Paulo - Determinada a reduzir o desperdício de alimentos em suas operações, a gigante do varejo Ikea está instalando em seus restaurantes e cafés um sistema composto por uma tela sensível ao toque e uma balança de chão que contém uma lixeira para medir o quanto de comida vai parar no lixo.

Isso permite que os funcionários da empresa rastreiem a quantidade de alimentos que estão sendo desperdiçados e encontrem novas maneiras de evitar esse desperdício. Graça à iniciativa, batizada de "Food is Precious" ("Comida é preciosa"), as 84 lojas (20% do total) que já implementaram o sistema reduziram o desperdício em 79 mil toneladas e economizaram mais de US$ 981.000 em apenas seis meses.

"Com essa solução inteligente, conseguimos ser mais eficientes na previsão, na forma como trabalhamos com a matéria-prima e para analisar como diferentes partes da operação podem afetar o desperdício de alimentos", diz a EXAME.com Vera Mertes Banchereau, especialista de comunicação corporativa da Ikea Food Services AB.

O objetivo geral, segundo a Ikea, é cortar o desperdício de alimentos em suas operações em 50% até o final de agosto de 2020. A solução, que estreou em dezembro de 2016, está sendo lançada passo a passo nas lojas da varejista.

Segundo a empresa, 70% dos colaboradores que trabalham com o programa de redução de alimentos estão orgulhosos da iniciativa e 50% estão tomando medidas para diminuir o desperdício de alimentos também em suas casas.

Bom para os negócios e para o Planeta

Atualmente, cerca de um terço de todos os alimentos colhidos ou produzidos em todo o mundo são perdidos ou jogados fora, o que equivale a cerca de 1,3 bilhão de toneladas de resíduos alimentares por ano.

Enquanto isso, 870 milhões de pessoas passam fome no mundo, segundo a ONU. Sem falar que o desperdício de comida também é sinônimo de desperdício de recursos naturais, contribuindo para impactos ambientais negativos.

Além do imperativo moral e ambiental, para as empresas, reduzir o desperdício de alimentos faz todo o sentido comercial, de acordo com um estudo do World Resource Institute (WRI).

Depois de avaliar custos em 1.200 pontos de alimentação de 700 empresas em 17 países, o WRI descobriu que quase todas as empresas tiveram um retorno positivo em seus investimentos quando iniciaram esforços para reduzir a perda de alimentos e resíduos nas operações.

Na ponta do lápis, para cada U$$ 1 que as empresas investem para reduzir a perda de alimentos e resíduos, elas economizaram US$ 14 em custos operacionais, conforme o WRI.

 

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