Maior loja da Ikea, na Coreia do Sul (Ahn Eun-na/News1/Reuters)
Karin Salomão
Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 08h00.
Última atualização em 24 de dezembro de 2016 às 08h00.
São Paulo – A adolescência está associada a rebeldia e, nessa época, jovens querem testar seus limites e ir além das regras impostas. Nesse caso, as regras do horário de fechamento de lojas da Ikea.
Por todo mundo, adolescentes estão se escondendo em armários durante o dia para, de noite, sair e aproveitar a loja vazia, pulando nas camas e gravando vídeos do “desafio”.
No entanto, a companhia sueca não está feliz com essas atividades. A Ikea está pedindo que os adolescentes não passem a noite em suas lojas, já que isso pode ser considerado crime de invasão de propriedade.
A onda de “festas do pijama” nas lojas da fabricante de móveis começou depois que dois jovens filmaram a sua aventura, em agosto.
Quando as luzes se apagaram e os funcionários foram embora, os dois garotos da Bélgica saíram de seus esconderijos em armários e passaram a noite na loja, pulando nas camas. O vídeo, que já teve mais de 1,9 milhão de visualizações, inspirou outros a fazerem o mesmo.
Jovens e adolescentes se esconderam nas grandes lojas nos Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Holanda, Japão, Austrália e Polônia.
Recentemente, duas garotas de 14 foram pegas enquanto passavam a noite numa unidade da Ikea na Suécia, mas não foram formalmente acusadas.
A companhia sueca, no entanto, não está nem um pouco feliz com essa repercussão e pediu para que os jovens tomem parte na “brincadeira”, que pode ser considerada crime de invasão de propriedade.
Um porta-voz da companhia no Reino Unido afirmou à BBC que “nós estamos felizes que as pessoas estão interessadas na Ikea e querem viver experiências divertidas. No entanto, a segurança de nossos colaboradores e consumidores é nossa prioridade mais alta e, por isso, não permitimos festas do pijama nas nossas lojas”.