Negócios

Iguatemi eleva fatia no JK Iguatemi e WTorre deixa negócio

Em comunicado, a companhia Iguatemi informou que a operação se deu após acordo assinado em fevereiro


	Shopping JK Iguatemi: no total, a WTorre receberá 636 milhões de reais para sair do negócio, disse a Iguatemi
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Shopping JK Iguatemi: no total, a WTorre receberá 636 milhões de reais para sair do negócio, disse a Iguatemi (Gustavo Kahil/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 15h26.

São Paulo - A empresa de shopping centers Iguatemi informou nesta terça-feira a compra de 14 por cento do shopping JK Iguatemi da WTorre por 178,08 milhões de reais, elevando sua fatia no empreendimento paulistano para 64 por cento.

Em comunicado, a companhia informou que a operação se deu após acordo assinado em fevereiro, no qual negociava com a WTorre a compra da metade que ainda não possuía no shopping. O controle do JK era compartilhado em partes iguais pelas empresas.

"Como parte deste acordo, a Iguatemi concordou em adquirir 14 por cento do Shopping JK Iguatemi e a TIAA-CREF, fundo de pensão norte-americano, concordou em comprar os 36 por cento restantes", disse.

No total, a WTorre receberá 636 milhões de reais para sair do negócio, disse a Iguatemi, sendo que a empresa terá direito a receber um montante adicional a título de agravamento do preço de compra, com base na receita líquida de 31 de dezembro de 2016.

Em nota à parte, o vice-presidente do Conselho de Administração da WTorre, Paulo Remy Gillet Neto, afirmou que o negócio foi fechado em "condições excepcionais".

O presidente do Conselho da companhia, Walter Torre Jr., acrescentou que a empresa já discute novas possibilidades de negócios com a Iguatemi após parceria na implementação do JK Iguatemi.

Os projetos em desenvolvimento da WTorre somam 3,2 milhões de metros quadrados de área bruta locável, sendo que os shoppings respondem por 4,5 por cento do total - menor fatia entre as áreas de negócios da empresa, que também atua em desenvolvimento imobiliário, edifícios comerciais, galpões logísticos e entretenimento.

Com a transação, o JK Iguatemi foi avaliado em 1,272 bilhão de reais, após consumir investimento total, líquido de luvas, de 322,3 milhões de reais para entrar em operação.

A abertura do centro de compras aconteceu em junho de 2012, quando passou a ser o endereço de marcas ainda inéditas no país, como Prada, Dolce&Gabanna, Sephora e Goyard.

Segundo a Iguatemi, o shopping ainda está no início da sua curva de maturação, estimada em cinco anos. A companhia disse ainda que o aumento da participação no empreendimento reforça a estratégia de expandir sua fatia em shoppings que já fazem parte do seu portfólio para aumentar receitas e diluir despesas.

"A Iguatemi mantém seu foco de atuação geográfica e continua nas regiões Sul, Sudeste e Brasília, áreas de maior poder aquisitivo e potencial de consumo per capita do país e, com público-alvo predominantemente das classes A e B, menos suscetíveis às crises e mais exigentes em termos de qualidade dos produtos e serviços oferecidos", disse.

A Iguatemi acrescentou que a receita operacional líquida esperada para o JK Iguatemi para os seus 12 primeiros meses foi elevada em 10 por cento, passando para 66 milhões de reais, marca que foi atingida "com sucesso, apesar do cenário macroeconômico mais difícil".

Para 2014, a empresa prevê que o JK Iguatemi vá entregar uma receita operacional líquida de 90 milhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisEmpresasShopping centersWTorre

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia