Negócios

Hypermarcas prevê margens menores com alta da inflação

Segundo Claudio Bergamo, presidente da empresa, consumo deve diminuir nos próximos meses, mas planos se mantém

Cláudio Bergamo, presidente da Hypermarcas: hora de consolidar as operações das aquisições realizadas em 2010

Cláudio Bergamo, presidente da Hypermarcas: hora de consolidar as operações das aquisições realizadas em 2010

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 17h38.

São Paulo – A inflação em alta fez a Hypermarcas revisar suas perspectivas para os próximos meses apesar do bom resultado que a maior empresa de bens de consumo do país registrou no ano passado.

Segundo o boletim semanal Focus do Banco Central (BC), com base na previsão de analistas de cerca de 100 instituições financeiras, a inflação deve passar de 5,78% para 5,82%. Nas últimas 14 semanas, houve 13 altas. Claudio Bergamo, presidente da empresa, espera uma normalização até o fim do ano, mas afirma que haverá redução de investimentos.

Segundo ele, o ambiente econômico prejudicará o consumo da população e consequentemente a busca de produtos da Hypermarcas. "Estamos mais conservadores com as perspectivas de crédito", disse o executivo, em teleconferência de resultados, realizada nesta segunda-feira (14/3).

Bergamo, no entanto, mantém os planos da empresa para o ano, que prepara o relançamento de diversos produtos, mas ainda não divulga as datas. "Apesar das variações do cenário econômico, temos perspectivas positivas para o futuro", diz.

A empresa cresceu 61% no ano passado, quando a meta era 50%. Em 2010 foram nove aquisições, no valor de 4 bilhões de reais – cinco delas no segundo semestre. Agora, a empresa coloca os pés no freio. “O foco é estabelecer as operações feitas até agora”, diz Bergamo.

A Hypermarcas registrou um lucro líquido de 261,9 milhões de reais em 2010 - uma queda de 10,3% sobre os resultados do ano anterior.

A receita líquida acumulada, no entanto, somou 3,159 bilhões de reais, um salto de 61% sobre o ano anterior. O Ebitda (lucro antes do pagamento de impostos, juros, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) alcançou 734,5 milhões de reais – o que significa um crescimento de 46%.

O quarto trimestre de 2010, isoladamente, somou um ganho de 87,9 milhões de reais, pouco acima dos 83,1 milhões de reais registrados no mesmo período do ano anterior. No período, a empresa atingiu seu nível recorde de receita, totalizando 943 milhões de reais. O Ebitda também foi recorde: 224 milhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:bens-de-consumoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasHypera Pharma (Hypermarcas)IndústriaIndústrias em geralInflação

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação