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Hypera afasta presidente do conselho e da empresa

João Alves de Queiroz Filho apresentou pedido de afastamento pelo período necessário à conclusão da apuração interna e das investigações pelo MPF

Hypera: Polícia Federal executou no início de abril mandado de busca e apreensão na sede da empresa em São Paulo (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 19h06.

São Paulo - A Hypera informa que João Alves de Queiroz Filho apresentou pedido de afastamento voluntário de seu cargo de presidente do Conselho de Administração, pelo período necessário à conclusão da apuração interna e das investigações pelo Ministério Público Federal.

Também Cláudio Bergamo dos Santos apresentou pedido de afastamento voluntário do cargo de diretor-presidente da companhia e de membro do Conselho de Administração, pelo mesmo motivo. Neste período ambos se manterão completamente afastados de suas atividades na companhia.

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Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que Luiz Eduardo Violland exercerá a presidência do conselho e Breno Toledo Pires de Oliveira ocupará o cargo de diretor-presidente.

Para a diretoria executiva financeira foi designada Vivian Karina Trujillo Angiolucci. Já Adalmario Ghovatto Satheler do Couto será diretor de Relações com Investidores.

O conselho também deliberou pela criação do cargo estatutário de Diretor Vice-Presidente Comercial e de Marketing, para o qual pretende designar Luiz Eduardo Sales Clavis, assim que confirmado em Assembleia de Acionistas, a ser convocada.

Além disso, o conselho aprovou a constituição de Comitê Especial Independente para coordenar nova apuração interna dos fatos que levaram à investigações do Ministério Público. Segundo a empresa, os membros do Comitê serão indicados em até 30 dias, a contar desta data, e o presidente do Comitê será escolhido entre profissionais de mercado com reputação, independência e qualificação.

"Ao Comitê incumbirá, entre outros, definir o escopo da apuração interna; e contratar assessores externos, notadamente escritório de advocacia e empresa de auditoria de primeira linha", diz a empresa.

A Polícia Federal executou no início de abril mandado de busca e apreensão na sede da Hypera Pharma, em São Paulo. A diligência foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator dos inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), e mira pessoas próximas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Nelson José de Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypera, antiga Hypermarcas, assinou um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República e delatou repasses de cerca de R$ 30 milhões para parlamentares do MDB. Além de Eunício, o delator citou os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e Eduardo Braga e o ex-deputado Eduardo Cunha.

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