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Hydro obtém autorização para unidade no Brasil e planeja retomar operações

Há dois diasm a Hydro disse que suspenderá a produção e demitirá 4.700 pessoas na brasileira Alunorte

Água da chuva sendo drenada no sistema da mineradora Alunorte, da Norsk Hydro ASA, em Barcarena, no Pará, dia 05/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

Água da chuva sendo drenada no sistema da mineradora Alunorte, da Norsk Hydro ASA, em Barcarena, no Pará, dia 05/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de outubro de 2018 às 15h05.

OSLO - A Norsk Hydro obteve uma licença no Brasil para usar novas tecnologias para estender a vida útil de uma área de descarte para a problemática refinaria de alumina Alunorte, a maior do mundo, que deve levar à retomada das operações com 50 por cento da capacidade, disse a empresa neste sábado.

A decisão foi tomada na sexta-feira, dois dias depois que a Hydro disse que suspenderá a produção e demitirá 4.700 pessoas na brasileira Alunorte, que opera com metade da capacidade desde março devido a uma disputa ambiental.

"A refinaria de alumina Alunorte, da Hydro, foi autorizada, em caráter excepcional,...a utilizar sua moderna tecnologia de filtro prensa no processamento de resíduos de bauxita que estenderá a vida útil da área de disposição de resíduos de bauxita DRS1 e permitirá que a Alunorte continue suas operações de forma segura", afirmou em um comunicado.

A autorização foi concedida pelo órgão ambiental federal brasileiro IBAMA e permite a utilização de uma tecnologia de filtro de prensa que fornece resíduos empilháveis ​​com consideravelmente menos conteúdo de água do que o filtro de tambor.

A Hydro agora trabalhará com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) do Brasil para obter uma segunda autorização que permitirá o uso da tecnologia na área de disposição de resíduos de bauxita DRS1 da Alunorte.

"Depois de receber essa (segunda) autorização, a Alunorte poderá reiniciar a operação com 50 por cento da capacidade", afirmou a empresa.

A retomada de 50 por cento da produção da Alunorte permitirá que a mina de bauxita de Paragominas e que a fábrica de alumínio primário Albras continuem operando com metade da capacidade, disse o vice-presidente executivo da área de negócios de Bauxita e Alumina da Hydro, John Thuestad.

Há três dias, quando a Hydro anunciou que suspenderia a produção na Alunorte, as ações caíram 12 por cento, atingindo o menor nível em 21 meses. O preço do alumínio, o produto feito a partir da alumina, subiu 5,5 por cento para o maior valor desde junho.

Fechamentos da Alunorte, Paragominas e Albras teriam "consequências operacionais e financeiras significativas", disse a Hydro na época.

A decisão de suspender toda a produção foi tomada já que a área de depósito de resíduos da refinaria está perto da capacidade total devido a um embargo ao novo filtro de prensa e uma disputa com as autoridades brasileiras tem impedido a Hydro de usar uma instalação de resíduos recém-criada. empresa disse na quarta-feira.

Na quinta-feira, um dia após a decisão da Hydro de interromper as operações na Alunorte, o estado do Pará disse que ficou surpreso com a mudança e pediu um relatório explicando a decisão.

A Alunorte produziu 6,4 milhões de toneladas de alumina em 2017, cerca de 10 por cento da produção global fora da China e o suficiente para produzir cerca de 3 milhões de toneladas de alumínio. Sua parada parcial no começo do ano elevou os preços de mercado para alumina e alumínio.

(Reportagem de Lefteris Karagiannopoulos)

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