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Hugh Grant terá acesso a material de grampo em seu telefone

Ator britânico, grampeado pelo tabloide News of The World, gravou conversa com ex-funcionário do jornal que admitia a prática

Hugh Grant: ator britânico foi um dos primeiros a denunciar os grampos telefônicos feitos pelo News of the World (Getty Images)

Hugh Grant: ator britânico foi um dos primeiros a denunciar os grampos telefônicos feitos pelo News of the World (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 12h11.

São Paulo – O ator inglês Hugh Grant conseguiu o direito nos tribunais ter acesso a documentos que evidenciem a interceptação ilegal de sua caixa postal, feita por jornalistas do extinto tabloide News of the World, de Rupert Murdoch, informa a agência AP. A socialite Jemima Khan, ex-namorada do ator, também poderá ver as provas.

No ano passado, Grant gravou uma conversa que teve com o paparazzo Paul McMullan, que trabalhava para o tabloide, em que ele revelava que os grampos eram uma prática comum. Grant diz ter ouvido de McMullan que o ex-editor do News of the World, Andy Coulson, sabia de tudo e regularmente encomendava que telefones fossem grampeados, informa a BBC. 

No dia 7 de julho, Grant e McMullan participaram, juntos, de um programa da BBC, em que o jornalista confirmou a versão do ator sobre o ocorrido e disse acreditar que o público britânico tolera o grampo a celebridades. 

Coulson renunciou ao comando do tabloide em 2007, após um de seus repórteres e um detetive terem sido condenados por grampear telefones de integrantes da família real britânica. Até o início do ano, ele trabalhava como porta-voz do primeiro-ministro David Cameron, mas renunciou ao cargo, após novas denúncias envolvendo jornalistas do tabloide e outras tentativas de invadir os telefones de políticos e celebridades.

O News of the World é acusado de ter pago detetives para interceptar os telefones de cerca de 4.000 pessoas entre celebridades e familiares de vítimas dos atentados de 2005, em Londres, e de vítimas de crimes famosos, como a menina Milly Dowler, desaparecida em 2002, aos 13 anos, e encontrada morta. O escândalo das escutas telefônicas surgiu em 2006, mas nesta semana o caso teve novas denúncias sobre policiais britânicos que teriam recebido dinheiro em troca de informações.

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