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Hortas comunitárias: conheça 5 exemplos em SP que fazem toda a diferença na vizinhança

Iniciativas do tipo contribuem com o meio ambiente e ajudam a recuperar áreas degradadas, além de estreitar os laços entre os moradores

Localizada na Vila Beatriz, na zona oeste de São Paulo, a Horta das Corujas oferece oficinas educativas, se dedica ao cultivo de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e possui um meliponário. (JBS/Divulgação)

Localizada na Vila Beatriz, na zona oeste de São Paulo, a Horta das Corujas oferece oficinas educativas, se dedica ao cultivo de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e possui um meliponário. (JBS/Divulgação)

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Publicado em 19 de março de 2024 às 14h24.

Os principais parques da cidade, a exemplo do Ibirapuera e do Villa-Lobos, enchem muitos paulistanos de orgulho. É quase o mesmo orgulho que muitos moradores nutrem pelas hortas urbanas de seus bairros. Geralmente, esses espaços são mantidos nos trinques pela própria vizinhança, que arregaça a manga com gosto em mutirões regulares. Segundo a plataforma Sampa+rural, vinculada à Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, a cidade dispõe de 158 hortas urbanas. Conheça algumas delas, que, além de contribuir com o meio ambiente, ajudam a recuperar áreas degradadas e a estreitar os laços entre a vizinhança.

Horta das Corujas

É com orgulho que parte dos moradores da Vila Beatriz, Zona Oeste paulistana, batem cartão na Horta das Corujas toda terça-feira, das 9h30 às 11h30. É quando ocorre o mutirão semanal que mantém o espaço bem cuidado. “Mutirão animado e com visitas importantes", Claudia Visoni, uma das voluntárias, registrou na página da horta no Facebook depois da edição do dia 5 de março deste ano. “Recebemos Aline Cardoso, Secretária Municipal do Trabalho e Empreendedorismo; coordenadores do Programa Sampa Mais Rural, do qual a Horta das Corujas faz parte; e uma delegação da cidade de Copenhagen”.

Além de apresentar os canteiros da horta, as nascentes, a composteira e o meliponário para os visitantes, os voluntários, naquela manhã, arregaçaram as mangas. “Heloisa Bio Ribeiro fez nova pintura na placa da horta e Debora Caldeira Murta capinou todos os caminhos com a roçadeira”, postou Visoni. “Tanta agitação que não deu para fotografar todas as atividades e pessoas. Tem pimenta e miogá colhidos para quem quiser buscar”. Fruto da articulação de um grupo chamado Hortelões Urbanos, a Horta das Corujas encontra-se na praça Dolores Ibarruri, também chamada de Praça das Corujas. São 800 metros quadrados abertos a todos — uma cerca baixa impede a entrada de cachorros.

Diferenciais: oficinas educativas, PANCs, meliponário, plantas medicinais e composteira.

Endereço: Av. das Corujas, 39, Vila Beatriz.

Horta Comunitária João de Barro

Administrada pela Associação Ambiental João de Barro, ocupa uma área da prefeitura de São Paulo. Os encontros de educação ambiental servem de estímulo para os participantes montarem outras hortas urbanas ou viveiros de mudas nativas pela cidade — pode ser tanto em terrenos vagos quanto em áreas de casas ou prédios. A associação também promove oficinas de artesanato para ensinar a população a criar objetos a partir de materiais recicláveis ou provenientes da natureza, a exemplo da fibra de coco. Os encontros ocorrem, geralmente, às quartas, das 12h às 18h.

Diferenciais: viveiro de mudas, plantas medicinais, oficinas educativas e compostagem.

Endereço: Rua Professor Picarolo 123, Bela Vista, (11) 97380-8262 / 2384-6782.

Nossa Horta Grand Reserva Paulista

Foi a construtora MRV que criou essa horta comunitária dentro do empreendimento erguido por ela. Nas mãos dos moradores desde 2019, ela é utilizada para a produção de alimentos livres de agrotóxicos e ajuda a aproximar a vizinhança. Os voluntários são chamados de guardiões da horta coletiva, mantida por meio de doações de moradores e frequentadores e com a ajuda de parcerias públicas e privadas. Os mutirões que mantêm o espaço em ordem acontecem sempre aos domingos, das 8h às 10h.

Diferenciais: pomar, PANCs, plantas medicinais, oficinas educativas e horta escolar.

Endereço: Av. Aparecida do Rio Negro, s/n, Praça Grand Reserva Paulista, Jardim Íris.

Horta Comunitária Viveiro II do Butantã

É o resultado de uma mobilização, iniciada em 2017, para recuperar uma área degradada — utilizada, até então, para o descarte de entulho e até de fraldas e geladeiras. Em dezembro daquele ano, o espaço foi palco da 1ª Feira Agroecológica e Cultural de Mulheres no Butantã. Em 2018, essa área do bairro começou a ser reflorestada com espécies frutíferas nativas — isso, claro, depois da retirada do lixo, da recuperação do solo e de melhorias paisagísticas. Mais de 200 mudas de cerca de 30 espécies diferentes já foram plantadas nesta horta. Os mutirões são realizados às sextas, sempre às 14h30.

Diferenciais: horticultura, plantas medicinais, PANCs, permacultura, pomar e proteção de nascentes.

Endereço: R. Paulo Ângelo Lanzarini, 334, Butantã, (11) 99904-6328.

Horta na Laje - Paraisópolis

Foi criada, em 2017, com o apoio da Sodexo. Chamado de Horta na Laje, o projeto serve de estímulo para o cultivo de alimentos por moradores de Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo. O objetivo é mostrar que, na falta de espaço, dá para plantar hortaliças até mesmo no teto das residências. Quem comanda a iniciativa é a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis em parceria com o Instituto Stop Hunger, entidade sem fins lucrativos mantida, majoritariamente, pela Sodexo.

Diferenciais: oficinas educativas, horticultura, plantas medicinais e PANCs.

Endereço: R. Ernest Renan, 1.366, Paraisópolis, segunda a sexta, 12h/14h30; (11) 3739-2217.

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