Hopi Hari: Parque paralisa pagamentos após decisão da Justiça
TJ suspendeu a homologação do plano de recuperação judicial do parque, a pedido de uma parte dos credores
Mariana Desidério
Publicado em 14 de abril de 2022 às 16h01.
Última atualização em 18 de abril de 2022 às 10h52.
Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a homologação do plano de recuperação judicial do parqueHopi Hari. A decisão respondeu a um pedido liminar feito pelos credores Alpha Consultoria Administrativa Ltda e Banco Bradesco, para os quais o Hopi Hari deve cerca de 528 mil reais, segundo informações da administração do parque.
Ainda de acordo com o parque, a decisão paralisa os pagamentos aos credores sujeitos ao plano de recuperação judicial, “incluindo os titulares de créditos trabalhistas que vinham sendo pagos antes mesmo da homologação do plano”. A dívida incluída no plano é da ordem de 400 milhões de reais. Em comunicado, o parque diz que está atuando para reverter a decisão.
O plano de recuperação judicial Hopi Hari foi aprovado em assembleia de credores em fevereiro. O parque está em recuperação judicial desde 2016 e vive uma série de disputas na Justiça.
Segundo dados da atual administração, o Hopi Hari terminou 2021 com faturamento de de 98 milhões de reais, e 12 milhões de reais de lucro. Em entrevista a EXAME, o presidente do parque, Alexandre Rodrigues afirmou que "o parque é altamente rentável e se paga facilmente”.
No final do ano passado, um grupo de empresas apresentou uma proposta de compra do parque. O grupo incluía Beto Carrero World, Playcenter e Wet'n Wild, Senpar, RTSC e KR Capital. A proposta incluía quitação das dívidas e "investimentos para a recuperação sustentável" do empreendimento.
Chegou-se a levantar a possibilidade de que essa proposta fosse avaliada pelos credores em assembleia, mas a administração do parque entrou com pedido para que o tema não entrasse na pauta, uma vez que se tratava de uma proposta de terceiros.