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Hong Kong se prepara para mais um IPO de US$10 bi, agora da China Tower

Maior operadora mundial de torres de telefonia móvel fez o anúncio pouco mais de uma semana após a fabricante chinesa Xiaomi pedir registro para IPO

China Tower: expectativa é que a companhia busque no mercado até 40 bilhões de dólares (Stringer/Reuters)

China Tower: expectativa é que a companhia busque no mercado até 40 bilhões de dólares (Stringer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2018 às 18h08.

Hong Kong - A China Tower, maior operadora mundial de torres de telefonia móvel, pediu registro para listar suas ações em Hong Kong, no que pode ser o segundo IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) de 10 bilhões de dólares este ano naquele mercado.

A empresa, criada em 2014 a partir das operações de torres de três provedores estatais chineses de telefonia, fez o pedido pouco mais de uma semana após a fabricante chinesa de smartphone Xiaomi pedir registro para IPO que pode também levantar até 10 bilhões de dólares.

Esta poder ser a primeira vez que a cidade recebe duas mega ofertas desde 2010, quando a seguradora AIA e o Agricultural Bank of China captaram 20 bilhões e 22 bilhões de dólares, respectivamente.

A expectativa é que a China Tower busque um valor de até 40 bilhões de dólares, segundo fontes com conhecimento dos planos.

O tamanho final das duas ofertas vai depender do humor do mercado e do apetite do investidor. A Xiaomi deve emitir suas ações em julho, enquanto a China Tower busca sua oferta logo após o verão (na China), disseram as fontes.

O IPO da China Tower é liderado pelo China International Capital (CICC) e pelo Goldman Sachs.

A empresa operava 1,9 milhão de torres no fim de 2017. Sua receita operacional subiu quase 23 por cento no ano, para 68,7 bilhões de iuanes (10,8 bilhões de dólares), enquanto o lucro subiu mais de 25 vezes, para 1,9 bilhão de iuanes.

Inicialmente, a expectativa era que o IPO fosse lançado no início deste ano, mas foi adiado, segundo fontes, pelas dificuldades de obter todas as aprovações de reguladores assim como dos três principais proprietários da empresa: China Mobile, China Telecom e China Unicom.

As três combinaram suas torres numa tentativa de agilizar operações e reduzir a duplicação de torres. Naquele momento, a China Mobile tinha 38 por cento, China Unicom, 28,1 por cento e a China Telecom, 27,9 por cento. A China Reform Holding, gestora estatal de ativos, ficou com os 6 por cento restantes.

A capitalização de algumas rivais globais são elevados.

As norte-americanas American Tower e Crown CastleInternational são negociadas em cerca de 54 vezes e 111 vezes os lucros do ano passado, respectivamente, de acordo com dados da Thomson Reuters.

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