Logotipo da Honda exibido em um showroom em Tóquio (Toru Hanai/Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 07h23.
Tóquio - A Honda Motor lucrou 82,2 bilhões de ienes (R$ 208,7 milhões) entre julho e setembro deste ano, 36,1% a mais que no mesmo período de 2011, quando sua produção e suas vendas ainda sofriam o impacto do tsunami que assolou o nordeste japonês.
Apesar dos resultados trimestrais, o grupo revisou para baixo sua previsão de lucro para este ano fiscal, que termina em março de 2013, e a situou em 375 bilhões de ienes, 20% a menos do que estimou em abril.
Segundo a empresa, por trás dessa revisão para baixo está uma possível queda das vendas pelas mudanças no cenário de negócios, além do impacto da força do iene, que reduz seu lucro no exterior na hora de repatriá-lo.
Só em setembro, o grupo sofreu um forte revés na China, onde suas vendas caíram 40,5%, devido ao conflito suscitado entre Pequim e Tóquio por uma disputa territorial, que levou a uma onda de protestos antinipônicos em várias cidades chinesas.
Após a divulgação dessa revisão, publicada de forma aparentemente acidental horas antes do fechamento de Bolsa, as ações do grupo caíam cerca de 5% no mercado de Tóquio.
O lucro operacional da Honda entre julho e setembro, segundo trimestre do ano fiscal no Japão, foi de 100,8 bilhões de ienes (R$ 2,566 bilhões), 92,1% a mais que o mesmo trimestre do ano passado, enquanto sua receita por vendas alcançaram os 2,27 trilhões de ienes (cerca de R$ 57,794 bilhões), 20,4% mais.
No total, a Honda Motor vendeu, entre julho e setembro, 996 mil automóveis no mundo todo, 46,9% a mais que o mesmo período do ano passado, segundo dados publicados nesta segunda-feira.
As vendas de motos também aumentaram 1,8% em relação ao ano anterior e se situaram em 3,87 milhões, graças ao aumento da comercialização na Ásia.
Entre abril e setembro, primeira metade do ano fiscal no Japão, o grupo Honda teve um lucro líquido de 213,9 bilhões de ienes (mais de R$ 5,445 bilhões), 132% a mais que no mesmo semestre de 2011, quando o Japão se encontrava em plena crise pelo tsunami e o acidente nuclear posterior.
Seu lucro operacional nesses seis meses foi de 276,8 bilhões de ienes (R$ 7,047 bilhões), 276,8% a mais, enquanto sua receita de vendas alcançou os 4,7 trilhões de ienes (R$ 119,662 milhões), 30,7% a mais.