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Holandesa Arcadis é vítima colateral de escândalos no Brasil

A rival holandesa SBM Offshore está sendo investigada por autoridades brasileiras e pagou multas recordes por propinas


	Petróleo: houve um declínio de 15% das atividades brasileiras da Arcadis
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Petróleo: houve um declínio de 15% das atividades brasileiras da Arcadis (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 07h44.

Amsterdã - Um recuo acentuado nas receitas provenientes do Brasil e contínuas quedas em seus mercados da América do Norte mantiveram o crescimento da receita bruta antes de aquisições da empresa holandesa de engenharia Arcadis em apenas 1 por cento no primeiro trimestre.

O crescimento da companhia foi liderado pela demanda em recuperação na Europa, Oriente Médio e Ásia, mas a companhia foi atingida pelo escândalo de corrupção que atinge atualmente o setor de petróleo brasileiro.

A rival holandesa SBM Offshore está sendo investigada por autoridades brasileiras e pagou multas recordes por propinas.

O escândalo levou a uma desaceleração das encomendas nacionais, o que motivou um declínio de 15 por cento das atividades brasileiras da Arcadis.

O presidente-executivo da Arcadis, Ian McArthur, disse que a companhia precisa se ajustar a uma "nova realidade" no Brasil, tendo insistido que a Arcadis está posicionada no país no longo prazo.

"Uma queda de 15 por cento é claramente um recuo sério, então ajustamos a capacidade dos projetos que temos atualmente e antecipamos ter", disse.

A companhia disse permanecer a caminho de atingir receita e lucro "significativamente" melhores em 2015, embora suas margens do primeiro trimestre tenham recuado, parcialmente por conta da aquisição da rival de menor porte Hyder no ano passado.

A receita bruta subiu 40 por cento na comparação anual ajudada por aquisições, enquanto o crescimento orgânico da receita bruta ficou em 1 por cento. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização subiu 35 por cento, para 59,4 milhões de euros, superando levemente as previsões.

Mercados emergentes, incluindo o Brasil, responderam por 29 por cento das receitas líquidas do ano passado.

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