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Guiné assina acordo com Rio Tinto para projeto de US$20 bi

País estabelece condições para investimento de infraestrutura para reviver um projeto de Simandou


	Simandou, na Guiné: acordo estabeleceu a realização de um estudo de viabilidade dentro de um ano detalhando custos e um cronograma
 (Eny Miranda/Divulgação)

Simandou, na Guiné: acordo estabeleceu a realização de um estudo de viabilidade dentro de um ano detalhando custos e um cronograma (Eny Miranda/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 18h05.

Conakry - A Guiné assinou nesta segunda-feira um acordo com a Rio Tinto, a Chinalco ​​e com a International Finance Corporation estabelecendo condições para o investimento de infraestrutura para reviver um projeto gigante de 20 bilhões dólares do projeto de minério de ferro de Simandou.

O acordo não definiu uma data para o início da produção na mina da Guiné há muito adiado, mas ele estabeleceu a realização de um estudo de viabilidade dentro de um ano detalhando custos e um cronograma.

Para exportar o minério de alta qualidade a partir de Simandou Sul, o projeto exige a construção de uma ferrovia de 650 quilômetros pela selva do país do oeste africano, a um custo estimado de pelo menos 7 bilhões de dólares.

Ele também precisa de um porto de águas profundas em Morebaya, avaliado em mais 4 bilhões de dólares, enquanto as infraestruturas de apoio têm custo estimado mínimo de 2,5 bilhões de dólares, segundo documentos vistos pela Reuters. O porto e ferrovia eventualmente teriam que ser expandidos para suportar até 100 milhões de toneladas de minério por ano.

Seria o maior projeto de minério de ferro combinado a projeto de infraestrutura na África.

O governo do presidente Alpha Conde esperava inicialmente obter financiamento suficiente nos mercados internacionais para manter uma participação de 51 por cento nos projetos ferroviários e portuários, mas o acordo desta segunda-feira foi o reconhecimento de que seria difícil levantar as enormes quantias de dinheiro requeridas.

"Este é um passo decisivo para a concretização deste projeto", disse o porta-voz do governo do país Damantang Albert Camara. "Isso levará a estudos de viabilidade que permitam buscar financiamento para esse projeto." A Guiné detém atualmente 7,5 por cento da companhia que opera a concessão da área sul de Simandou. Esse percentual subirá para 15 por cento quando começar a produção.

A conclusão do acordo é bem-vinda pelo governo da Guiné, que recentemente declarou que a BSGR, o braço de mineração do bilionário israelense Beny Steinmetz, obteve a parte norte de Simandou de forma fraudulenta.

O governo da Guiné cancelou recentemente os direitos detidos pela VBG, a joint venture entre BSGR e a mineradora Vale, em dois depósitos de minério de ferro, depois de um painel do governo ter revisado acordos de mineração.

O relatório do comitê concluiu que a BSGR obteve a direitos por meio de "corrupção" em 2008. Disse ainda que a Vale, que entrou na parceria com a BSGR apenas em 2010, comprando 51 por cento daqueles ativos na Guiné, não participou da suposta corrupção.

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