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Guatemala solicitará apoio aos EUA no caso Odebrecht

Segundo o relatório, de 2013 a 2015, a construtora deu US$ 18 milhões a funcionários públicos guatemaltecos para obter contratos de obras estatais

Odebrecht: "Temos que solicitar outra assistência legal neste caso aos Estados Unidos" (Drawlio Joca/Divulgação)

Odebrecht: "Temos que solicitar outra assistência legal neste caso aos Estados Unidos" (Drawlio Joca/Divulgação)

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EFE

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 19h44.

Cidade da Guatemala - A procuradora-geral da Guatemala, Thelma Aldana, disse nesta quinta-feira que pedirá apoio aos Estados Unidos para investigar o suposto pagamento de propinas milionárias por parte da Odebrecht a funcionários públicos no país.

"Temos que solicitar outra assistência legal neste caso aos Estados Unidos", declarou Aldana depois que o Departamento de Justiça americano revelou que a construtora brasileira pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países de América Latina e África.

Segundo o relatório, de 2013 a 2015, coincidindo majoritariamente com o mandato do presidente Otto Pérez Molina, a construtora deu US$ 18 milhões a funcionários públicos guatemaltecos para obter contratos de obras estatais com os quais obteve US$ 34 milhões de lucro.

Aldana lembrou que no dia 14 de junho já tinha solicitado assistência ao Brasil por uma investigação envolvendo a Odebrecht - sobre a qual não quis dar detalhes - e acrescentou que recebeu "parcialmente algumas informações" que ainda estão sendo analisadas.

Também existe outra denúncia apresentada em julho pela Controladoria Geral de Contas (CGC) pelo projeto de reabilitação e ampliação para quatro pistas em um trecho de 140 quilômetros da rodovia CA-2 Ocidente que chega à fronteira com o México.

O ministro de Comunicações da Guatemala, Aldo García, disse no último dia que o atual governo, que tomou ciência de irregularidades nesta obra quando assumiu o poder em janeiro, está iniciando o processo para liquidar o contrato com a Obedrecht por descumprimento.

Supostamente a obra deveria ter terminado em 30 de junho, e quando revisou o contrato, o governo notou que o encarecimento da obra - de 70% - não correspondia com "o avanço físico" - de 33% -, razão que propiciou a decisão de paralisar a obra e começar a liquidação do contrato.

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