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Guatam Adani perde o posto de homem mais rico da Ásia. Veja quem lidera agora

Desde o começo do ano, a fortuna de Adani retraiu em cerca de US$ 50 bilhões e caiu para o valor de 72,1 bilhões de dólares

O ritmo acelerado das perdas se deve a denúncias de fraude contábil (Francis Mascarenhas/Reuters)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 15h51.

O título de homem mais rico da Ásia mudou de mãos nesta semana. O indiano Mukesh Ambani, da Reliance Industries, é o novo bilionário a ostentar a posição.

A mudança ocorre por causa da derrocada de Gautam Adani, ex-número três entre os maiores bilionários do mundo. Desde o começo do ano, o compatriota de Ambani já perdeu cerca de 50 bilhões de dólares do seu patrimônio, segundo dados da Bloomberg.

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Grande parte da derrocada veio após o dia 24 de janeiro, quando o grupo Adani, fundado pelo bilionário em 1988, foi acusado de fraude contábil pela Hindenburg , empresa americana especializada em pesquisa financeira.

O relatório Hindenburg retrata uma rede de entidades offshore controladas pela família Adani em paraísos fiscais, no Caribe, Ilhas Maurício e Emirados Árabes Unidos.

A despeito dos desmentidos e das respostas do Grupo, os investidores começaram um movimento de venda das ações das sete empresas do conglomerado listadas na bolsa, que acumulam perdas de mais de US$ 100 bilhões.

Em meio à guerra de versões, a fortuna de Adani retraiu para 72,1 bilhões de dólares. Já Ambani detém 81,0 bilhões de dólares, recuperando um posto que já liderou antes da ascensão de Adani.

O que faz Mukesh Ambani

Ambani é o presidente Reliance Industries, um conglomerado com participações nos setores de petroquímica, petróleo, gás, telecomunicações e varejo.

No ano fiscal terminado em junho de 2022, a empresa anunciou ter obtido um faturamento superior a US$ 100 bilhões, sendo a primeira no país asiático a alcançar tal cifra.

A história do grupo teve início em 1958 com o pai de Ambani, que negociava especiarias e fios com o Iêmen e acabou por transformar a empresa em um conglomerado têxtil.

Ao longo do tempo, a família ampliou os seus mercados de atuação e começou a adquirir plantas petroquímicas e refinarias.

Com a morte de Dhirubhai Ambani no início dos anos 2000, os negócios foram divididos entre Mukesh e o seu irmão Anil, após intensas disputas.

Os tentáculos do grupo também abraçam o mercado de telecomunicações, setor em que tem mais de 420 milhões de assinantes e para o qual anunciou uma série de inovações relacionadas ao 5G.

Em termos de faturamento, a área está em terceiro lugar, atrás apenas dos ramos de petróleo para produtos químicos e varejo.

Apesar do grande envolvimento com a cadeia do petróleo, uma ambição de Ambani é em torno da energia limpa. A Reliance comunicou ao mercado que pretende zerar as suas emissões de carbono até 2035, 15 anos antes da meta estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas).

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