Negócios

Grupo Pão de Açúcar investirá R$ 1,8 bilhão em novas lojas

Expectativa é que o grupo atinja um faturamento de 57,2 bilhões de reais no ano

Pão de Açúcar: investimento destinado à abertura de 70 a 80 lojas de alimentos (Vanderlei Almeida/AFP)

Pão de Açúcar: investimento destinado à abertura de 70 a 80 lojas de alimentos (Vanderlei Almeida/AFP)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de maio de 2012 às 14h44.

São Paulo – O Grupo Pão de Açúcar estima investir 1,8 bilhão de reais no ano, sendo 1,4 bilhão de reais destinados aos negócios de varejo alimentar e os outros 400 milhões de reais destinados ao segmento não alimentar, formado pela Viavarejo e pela Nova Pontocom. A expectativa é que o grupo atinja um faturamento de 57,2 bilhões de reais no ano, com as despesas financeiras abaixo de 2,8% (o lucro estimado não foi divulgado pela companhia).

“Nesse momento em que as vendas, como um todo estão difíceis, o mais importante é reduzir despesa e ganhar participação de mercado e estamos focados nisso”, disse Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do grupo.

Os recursos serão destinados à abertura de 70 a 80 lojas de alimentos – sete da bandeira Pão de Açúcar, oito Extra Supermercado e cerca de 50 no formato Mini Mercado, lojas de conveniência, localizadas próximas a grandes supermercados da rede. “Nos supermercados, o foco será reforçar o conceito de oferecer tudo em uma só loja, dando mais força de atração aos pontos de vendas”, disse José Roberto Tambasco, vice-presidente do Pão de Açúcar.

Também serão abertos 12 novos pontos da bandeira Assaí, focada em atacado de autosserviço. O modelo sofreu no trimestre algumas adequações com intuito de reduzir despesas e buscar mais rentabilidade. Adequação do sortimento de produtos, com fechamento de padaria e açougue, foram algumas alterações sofridas pelo modelo.

“Essas mudanças foram feitas para atender melhor, e com menos custos para a companhia, o público alvo principal da bandeira que é o cliente pessoa jurídica, donos de pequenos comércios”, afirma Belmiro Gomes, diretor de atacado autosserviço do Grupo Pão de Açúcar.

Sinergia

Na área de não alimentos, outras 50 a 60 novas lojas Casas Bahia e Ponto Frio ainda este ano, sendo a primeira bandeira focada nas regiões Norte e Nordeste e a segunda em shoppings no Sul e Sudeste do país. “As lojas Ponto Frio serão abertas dentro de um novo conceito que está prestes a ser finalizado e irá promover uma melhoria de resultados”, afirmou Raphael Klein, CEO do Viavarejo, braço do Grupo Pão de Açúcar que inclui as lojas do Pontofrio, da Casas Bahia e as operações da Nova Pontocom.


A companhia está hoje, lembrou os executivos, no 28º mês no processo de aprovação do Cade. Porém, ainda não há uma data definida para a aprovação. “Boa parte das sinergias entre as bandeiras já foram capturadas no ano passado, mas ainda há o que capturar depois da aprovação, principalmente em relação na parte logística”, disse Klein. 

Resultados

A receita bruta de vendas foi de 13,660 bilhões de reais, crescimento de 10,4% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior e lucro líquido de 167 milhões de reais no 1o trimestre deste ano, crescimento de 25,8% em relação ao mesmo período de 2011. O resultado ficou um pouco abaixo do esperado por analistas do setor.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 758 milhões de reais de janeiro a março, contra 583 milhões de reais no mesmo período em 2011. A dívida líquida ficou em 4,8 bilhões de reais, no primeiro trimestre, acima dos 3,8 bilhões de reais apresentados no mesmo período do ano passado. 

Acompanhe tudo sobre:Abilio DinizBilionários brasileirosCasas BahiaComércioEmpresáriosEmpresasEmpresas abertasEmpresas francesasGlobexPão de AçúcarPersonalidadesPonto FrioSupermercadosVarejo

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados